domingo, 30 de maio de 2010

Discrição

Eu sou do tamanho daquilo que sinto,daquilo que vejo e daquilo que faço,

Composto por urgências
alegrias intensas;
tristezas absolutas.
me esvazio de excessos.
não cabendo no estreito,
eu só vivo nos extremos.

Sou à esquerda de quem entra
e um coração batendo no mundo.

Não digo nunca "Isto é natural".
Percebo o horrível, atrás do que se tornou familiar.
o que é tolerável no dia-a-dia
é o que se aprendeu a suportar.

PARA OS PREDADORES DAS UTÓPIAS!
dentro de mim
morreram muitos tigres
os que ficaram
no entanto
são livres!
Sou metal,raio,relâmpago e trovão...
Quem sou, qualquer um pode ver!
- Um refém de meus condicionamentos.
- Um corpo que limita e transporta minha essência temporária.
- Uma marionete que vê as cordinhas.

Se eles riem de mim por eu ser diferente, eu rio deles por serem todos iguais.
Raspo a tinta com que pintaram meus sentidos,
desencaixoto as minhas emoções,
desembrulho-me e sou cada dia mais eu..."