sexta-feira, 27 de maio de 2011

Religiâo

O uso de dinheiro público para contratar Professores para lecionarem sobre um tema relacionado às convicções individuais(Religião) e a adoção de um ensino de caráter confessional —com aulas de presença não obrigatória, serão ministradas por professores de diferentes religiões. A lei federal que diz que não poderá haver proselitismo — doutrinação — em sala de aula, mas isto será inevitável. Católicos e evangélicos vão afirmar que Jesus é o Salvador, muçulmanos dirão que ele é apenas um profeta, judeus continuarão a esperar pelo Messias, candomblecistas não entraram na briga, e os ateus aproveitarão o tempo de aula para jogar bola no pátio. Cada professor vai defender seu ponto de vista, sua verdade religiosa, todas igualmente respeitáveis e questionáveis. Não é possível deixar de fazer proselitismo; em matéria de religião, as verdades se excluem.Mas isso também ainda não é o pior. Nos últimos anos, temos assistido a um crescimento da intolerância religiosa. Para setores de algumas igrejas evangélicas pentecostais, as entidades cultuadas em religiões de matriz africana não passam de sorrateiras manifestações demoníacas. Também enxergam o dedo do Capeta na tradição católica de venerar imagens. O que para muitos pode parecer intolerância é, para eles, uma Verdade, creem ser necessário salvar ovelhas desgarradas. No mercado religioso há também os que tendem a desqualificar e estigmatizar os evangélicos. Vamos nós, pessoas de todas as religiões, e, mesmo, ateus, levar tantos preconceitos para as salas de aula? Vamos ajudar a dividir os alunos, a incentivar o que nos desune?Segundo o projeto, os professores deverão seguir “orientações emanadas da respectiva Autoridade Religiosa”, ou seja, farão o que seu mestre mandar — e não dá para garantir que estes irão valorizar todas as religiões. Seria melhor que o Estado tratasse de garantir a liberdade de fé, cada religião cuidaria de seus próprios fiéis. Não custa aplicar o velho ensinamento de separar o que é de César do que pertence a Deus.

Um comentário:

  1. é incrível como as pessoas só têm um argumento - preconceito.Isto porque não há outro para eles, ou seja, não sabem nem o que dizem e por isso usam o tema corriqueiro: preconceito.

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