quarta-feira, 3 de agosto de 2011

C O P A & M Í S

A roupa da candidata do Rio de Janeiro, toda feita com 400 cartões-postais, ganhou o prêmio da mais bonita.Se ela fosse politicamente incorreta, desfilaria com um traje típico intitulado “Bueiros Cariocas Explosivos”? Entrava na passarela e defronte do júri, “bum”, soltava uma bomba, sei lá, e ficava toda chamuscada. “Que Deus ilumine vocês porque a Light quer que vocês se explodam!” (Uma Marylin Monroe sobre o bueiro com a saia do vestido branco pegando fogo, segurando a roupa, “Marylin Carioca”.

Falta candidata negra no Miss Brasil.No máximo, algumas morenas, nenhuma mulata, todas de cabelo liso.

Procuro as negras deslumbrantes e não reconheço meu país naquele palco. Dizem que algumas que concorrem nas eliminatórias são lindas ,mas perdem nas provas de etiqueta, inteligência, determinação. Então tá combinado assim: 300 anos de escravidão, depois lançados no abandono,os negros não conseguiram treinar suas belíssimas negras no padrão exigido pelo Miss Universo.

Mudando pro sorteio da Copa, Fernanda Lima destacou que o Brasil era reconhecido internacionalmente como um país musical. Chamou Ana Carolina, que começou o espetáculo com duas versões de sucessos estrangeiros.

Eu estou louco ou é esquisito, pois temos clássicos de sobra para exibir. Ivan Lins desfiou seu rosário e abafou com ‘Madalena’ e ‘Começar de Novo’.

Gostei também dos quase negros, dos quase mulatos, dos quase brancos, dos quase índio da Sinfônica de Heliópolis e sua ‘Aquarela do Brasil’, mas eis que entra uma estabanada Ivete Sangalo cantando um ‘Hoje é dia de Ivete’.

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