segunda-feira, 7 de novembro de 2011

F A N T A S M A S

O mundo girava, e ela podia sentir, o chão se abria logo abaixo, mas não era algo que importasse, ela nem ao menos necessitava do chão, andava nas nuvens e morava na lua. Até que um dia o vento fez seu equilíbrio desequilibrar-se, logo o vento que ela venerava. Caiu em uma nuvem muito baixa, sentiu o perigo se aproximar, estava fraca, vulnerável, ferida, quebrada, desequilibrada, afetada. Derrotada?
Sentiu a brisa tocar-lhe a face, os ventos pareciam mudar de direção. Estava assustada. Precisava fugir dali, para qualquer lugar. Sozinha. Com seus pensamentos interrompidos.Era invisível, e nem sequer precisava de capas mágicas ou de esconderijos. Era um fantasma pairando sobre o céu cinzento de algum mundo perdido. Ela olhava ao seu redor, e lá estavam elas, as pessoas que sorriam, para ela? Mas é claro que não, ela era só um fantasma invisível, e tolo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário