domingo, 3 de fevereiro de 2013

E S S E C A R A S O U E U!

Com a alma em cinzas mesmo antes da quarta-feira,vendo pela TV., ou pela Internet ,  as pessoas no Carnaval.Os blocos que saem em golfadas humanas arrastando os ‘colesteróis’ das artérias da cidade, ruas, avenidas e praças nessa folia de asfalto, alegram meu coração, e mantem meus Stents felizes. Cutucaram São Sebastião com flecha curta e o santo partiu pra cima de São Salvador desbancando abadas e trios elétricos.O subúrbio resurge com os antigos bate-bolas, cover tupiniquim do Coringa chacoalhando o Batman, até alcançar os índios do Cacique de Ramos.Retornam as Avenidas, curvas do passado no boulevard do futuro. Frases líricas, estamos na crista do Galo do amanhecer.O Boitatá alvorece na Praça Quinze. Os iniciados têm a senha e desfilam a tempo.Outros, quase de pijama, perambulam sobre os canteiros do Céu da Terra.
No silencio, gênios aplicam seus neurônios inventando nomes para essas entidades.
E haja criatividade, Suvaco de Cristo, Imprensa que eu Gamo, Vem ni Mim que Sou Facinha e Quero Exibir meu Longa são alguns dos blocos de nomes bem Intencionados.Identifico meus cabelos brancos quando vejo o Simpatia, pro Barbas ou na Banda de Ipanema, um sopro na vanguarda de todo esse enredo.Nossos Momos estão magros. No regime do politicamente correto, o percurso tem um fim.
Nosso tempo em banda larga acelera os desfiles, mas tem gente que resiste.Tenho medo que, nestes tempos virtuais, cada um tenha seu próprio carnaval, o seu bloco de tela.

Com a alma em cinzas mesmo antes da quarta-feira, Diabetes e Pressão controlados, sou um eterno bêbado, sem son e sem imagen, com um riso palhaço como fantasia, pois é Carnaval.