quarta-feira, 28 de agosto de 2013

AS MÉDICAS QUE TÊM CARA DE BRASILEIRAS!

Ao dizer que médicas cubanas têm “cara de empregada doméstica”, a jornalista potiguar Micheline Borges fez, sem querer, um grande favor. (fonte G1)Escancarou o preconceito de tantos e mostrou a exclusão de negros do sistema de ensino.Aqui,nos acostumamos com médicos brancos e operários pretos; qualquer perspectiva de mudança —cotas em universidades, por exemplo — assusta muita gente. Também nos acostumamos com filas nos hospitais, com falta de médicos e com médicos que fraudam plantões, como têm mostrado OS Jornais e TVs.. Nos últimos dias, entidades médicas se envolveram como nunca na discussão relacionada à falta de médicos em áreas mais pobres. Estão indignadas não com o problema,mas com a solução encontrada pelo governo federal, que, depois de não conseguir médicos brasileiros, tratou de importar profissionais. Os conselhos de medicina rodaram o jaleco diante da concorrência, parecem os caras que largam a mulher mas não querem vê-la com outro homem. Médicos cometem a descortesia de vaiar colegas cubanos; quero ver se profissionais aqui do Rio vão fazer o mesmo com plantonistasque  batem ponto e vão embora.
As entidades alegam que o programa Mais Médicos dribla a Lei ao não submeter os estrangeiros à prova que verifica a capacitação de quem se forma no exterior. O argumento é razoável, mas, como eventual paciente, quero que exame parecido seja aplicado aos que se diplomam no Brasil. Em 2012, o Conselho de Medicina de São Paulo reprovou 60% dos médicos— brasileiros— que queriam exercer a profissão no estado, conforme divulgou a TV. Plim-Plim.
Nessa briga, falta ouvir os maiores interessados, os milhões de cidadãos que vivem sem qualquer tipo de assistência médica. Perguntar se eles querem um médico cubano — ou argentino, ou espanhol — ou preferem ficar sem assistência.
Eles, os sem-médicos, são contribuintes que, com seus impostos, ajudam a manter as faculdades públicas de Medicina. São os patrões, têm que ser ouvidos e respeitados.

Cubanos não têm cara de empregados domésticos, se parecem com a maioria dos brasileiros, daí a comparação e o susto. Você, Micheline Borges  ao menosprezá-los, acabou elogiando o sistema educacional do país deles.

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