quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A Constituição completa 25 anos


Em 1980, uma bomba em show de música no Riocentro explodiu no colo dos terroristas oficiais, e o Brasil encontrou o caminho para a redemocratização. Outras haviam explodido: na Câmara de Vereadores, na ABI, na OAB, em bancas de jornais e contra o bispo de Volta Redonda RJ, Dom Adriano Hipólito.

Todas eram atribuídas a terroristas de esquerda, os vândalos da época. A bomba do Riocentro como o desaparecimento de Amarildo mostra a truculência do Estado e a política de segurança nas áreas militarmente ocupadas. Aquela bomba acendeu o desejo de liberdade e redemocratização.
Um comício pelas ‘Diretas Já’ reuniu um milhão de pessoas,e em outros comícios tinham destruição, que eram praticados por agentes do regime, disfarçados de manifestantes. A música ‘Coração de estudante’, de Milton Nascimento, se converteu em hino. Caetano Veloso compoz a música ‘Podres poderes’, onde mostrava os ridículos tiranos, a estúpida retórica e os capatazes com suas burrices que fazem jorrar sangue. Concluiu dizendo que “tudo é muito mau...”, mas lembrou Oswald de Andrade, para quem nunca fomos catequizados, pois fizemos o Carnaval. Liricamente questionou se “apenas os hermetismos pascoais e os tons, os mil tons; seus sons e seus dons geniais nos salvarão dessas trevas”, numa referência a Hermeto Pascoal, Tom Jobim e Milton Nascimento.
Neste ano a Constituição completa 25 anos, e jovens dessa idade, estavam ou estão, nas ruas para efetivar a democracia escrita e não efetivada. Mas os podres e mascarados poderes insistem em proibir as manifestações, criminalizar e impedir a liberdade.  

Eu continuo com aqueles que velam pela alegria do mundo.

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