domingo, 27 de dezembro de 2015

A civilidade está em crise.

O flagrante da bancária Fabíola
na entrada de um motel,a mim não
interessam as razões dela para ter
um amante, a crocodilagem do muy 
amigo ‘gordinho da Saveiro’, a ira
do marido ou o interesse do cineasta
indignado,mas o linchamento midiático
de quem não cometera qualquer crime
qualquer ato lesivo, a não ser à expe-
ctativa de exclusividade sexual do mari-
do traído.

Na saída de um restaurante, Chico
Buarque foi hostilizado por coxinhas
que o acusavam de defender corrupto
e de morar em Paris.Mas dentre os 
Coxinhas estava o neto de Mário 
Garnero, banqueiro que em 1985 fora
acusado de fraude financeira, via 
Brasilinvest.
O mais agressivo, que gritava contra
a corrupção, era filho de usineiro 
acusado de grilagem e genocídio.
Chico mora no Rio. Mas o neto do 
banqueiro tem imóveis no exterior.
Mora em  Londres, namora a patricinha
Paris Hilton.
Mas nem tudo são baixarias de coxinhas
e de pessoas em conflito  com a sexua-
lidade.A contradição se completa quando, o governador Pezão fecha hospitais e anuncia
isenção de tributos para fábrica de bebidas e montadoras de auto móveis e dívida de R$ 
40 milhões da Super Via com a Light, e o prefeito Eduardo Paes aumenta o subsídio para o Carnaval
em prejuízo da Educação e Saúde.
O maior banco brasileiro fechará o ano com 
lucro deR$ 25 bilhões, e continua demitido!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

E Vamos comemorar.

Jesus Cristo transformou, afinal, água em vinho. Nunca
transformou vinho em água.Fez isso, para não acabar com
a festa da rapaziada. Disse também, naquele jantar com o
fariseu escroto, que o mal nunca é o que entra, mas o que
sai da boca do homem — e quebrou os tabus alimentares.
Tem cristão que insiste em transformar Jesus em um chatonildo,
inimigo dos fuzuês,das biritas e das alegrias. Cristo (o meu)
era um farrista do bem, não era um carola ressabiado ou um pre-
gador intolerante.
É por isso que sou do cristianismo popular: bebo e compartilho
com os meus amigos e camaradas e com qualquer um. Não sento em
mesa de bar — um templo— com fariseus que queiram ditar regras
e impor grosseiramente suas verdades.
O meu Jesus, é aquele dos presépios mais precários,e das folias
e de brasilidades dos fuzuês que, no mês de janeiro, homenageiam
entre cachaças, cafés e bolos de fubá gentilmente servidos— os San-
tos Reis.Nestas festas, os cantos, louvores, comidas, falam de afe-
tos celebrados que permitem a subversão, pelo rito, da miudeza pro-
visória da vida.
O Cristo dos meus delírios se sentiria mais à vontade em um botequim
de esquina do que na Basílica de São Pedro.
Sua humanidade divina se manifesta mais nas mãos calejadas do que nas
batinas sacerdotais e nos ternos bem cortados dos Pastores Cantores e
pregaddores eletronicos. Ele é pequeno; pedrinha miudinha. Respeita
Tupã e Olorum, joga na várzea, bebe nos subúrbios, rala nas fábricas
e, quando o sol vai quebrando lá pra fim do mundo pra noite chegar,
descansa feito João Valentão e adormece como um menino pobre do Brasil.

A vida devia ser bem melhor, e será!!!!

(Hoje Chico Buarque foi hostilizado por suas posições políticas)

Não estou fazendo a defesa dele, pois ele a fez muito bem.


O Brasil pode estar pior.

Pior porque os 20% com maior
renda e que ocupavam,antes,
60% das vagas das universidades
públicas hoje ocupam cerca de 30%.
Também porque a renda dos mais pobres
ampliou em 129% em 13 anos e isso, 
para eles, não é bom. Pode ser que
a ampliação de negros e pobres nas es-
colas de Ensino Médio e em universidades
públicas tenha sentido negativo para
eles. Pode ser que o fato de ter mais
gente viajando de avião,tendo mais acesso
a livros, shows, cinema, seja algo ruim
para alguns seres humanos.
A realidade hoje está mais próximad o meu 
desejo! Não posso fazer parte, portanto, 
do grupo que considera que o Brasil piorou.
Sou do grupo que sentiu a vida melhorar nos
últimos 12 anos e quer mais.
Estou entre os que consideram que os princi-
pais problemas do Brasil são: poucos e frá-
geis ambientes democráticos para além do vo-
to e poucas políticas públicas para superação
de desigualdades.
O Brasil é hoje mais democrático.
Quando eu era jovem, os que iam para às ruas
eram considerados de esquerda.Agora tanto es-
querda, quanto direita, conservadores ou pro-
gressistas, contemporâneos ou anacrônicos, 
ocupam ruas, fazem movimentos,param o trânsi-
to,podem ser chamados de arruaceiros; como 
muitas vezes fui no passado.E isso é um avan-
ço. Insuficiente mas um avanço.
Doloroso hoje é ver que jovens — pretos, fave-
lados, moradores de periferias, pobres — ainda
morrem por violência do Estado, por uma cultura
racista da sociedade. Superar essa ‘desigualdade
mórbida’ é uma ação urgente. É necessário construir
uma sociedade com amplo direito à diferença,e polí-
ticas públicas que defendam a vida e a dignidade 
humana em todas as dimensões. Mas isso será pro-
duto de uma disputa, pois há um grupo que deseja 
retirar o que foi conquistado no rumo de um país  mais
igualitário e democrático. 
Precisamos de mais democracia, muito mais controle
social do que já conseguimos.

Que em  2016 a VIDA seja BELA, e não BÉLICA!  


domingo, 13 de dezembro de 2015

Próspero 2016

          Te  desejo um Natal de paz suficiente para que não nos acomodemos, de saúde suficiente para que não nos descuidemos e com a magia suficiente que nos permita a felicidade,mesmo sabendo que Papai Noel não existe.

        Desejo um ano novo de perseverança suficiente para não deixarmos de brigar por direitos, de incoformismo suficiente para fazermos o melhor lugar do mundo ser aqui  agora ou já, e de fé suficiente para atravessarmos mais um ano  acreditando na possibilidade de sermos felizes.