quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

V E R D E O L I V A

Em 1964, eu não tinha idade para entender o movimento militar que estava acontecendo. Só os mais velhos tinham uma visão  do que acontecia, pois  haviam acompanhado os acontecimentos da Revolução de 30, de Getúlio Vargas, que permaneceu no poder por 15 anos, e foi eleito depois no regime democrático, coisa que não aconteceria  com os generais-presidentes. Ao chegar em casa, ouvi, a frase de que me lembraria durante todo o período de regime militar, de 64 a 85: "Vão ficar no poder por no mínimo 20 anos".
A coisa engrossou mesmo em 1968, com o AI-5, que tirou todos os direitos e fechou o Congresso. Naquele 13 de dezembro, os militares se mostraram sem disfarce, violentos e cruéis, tendo assassinado 357 pessoas nos anos seguintes, gente que eles diziam, transformariam o Brasil num país vermelho.

A violência das prisões, cassações e aposentadorias forçadas não surpreenderam. O inadmissível  foram as torturas, a partir de quartéis do Exército, utilizando instalações e recursos pagos com a colaboração de empresários "contra os comunistas", aplicando técnicas de choque elétrico, afogamento e tudo mais que a CIA americana ensinou para esse fim. Imaginar que o Exército Nacional tivesse se rebaixado tanto, foi o choque que abalou a muitos  brasileiros com informação sobre o que acontecia. O  "homem cordial", de Sérgio Buarque de Hollanda, acabou. Nenhum torturador ter sido julgado  deixa esse período inacabado.
Hoje  os generais da reserva garantem que os jovens oficiais têm um compromisso  com a Constituição Federal.
Só que agora os experientes somos nós, e quando surge uma intervenção federal, como a feita  no Rio, não consigo evitar que o pensamento do que pode significar essa tomada de poder.
Não há hipótese de que o Exército resolva a questão dos criminosos nas favelas, entre a população honesta e trabalhadora, assim como os americanos não conseguiram derrotar os vietcongues, escondidos no meio da população vietnamita.

Temos agora também o Comando Verde Oliva.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

SERÁ QUE É CARNAVAL !?

O povão pode não ter ido à escola, pode não saber bulhufas sobre política e ideologia, mas sabe separar o joio do trigo.
   O povão, e especialmente o carioca, que é chegado a uma piada, a uma esculhambação, a uma irreverência e o carnaval é a época para extravasar tudo isso sabe muito bem quem está ao seu lado e quem está contra ele.
   Apesar da campanha  contra Lula no  ano passado, por procuradores e juízes aliados à mídia sob liderança da Rede Globo, envolvendo TV aberta, TV fechada, jornais, revistas, rádios, sites,  e o cacete, apesar da condenação pelo tríplex que nunca foi dele a 12 anos e um mês de prisão, apesar de estar encurralado por setores autoritários do Poder Judiciário, nenhum enredo de nenhuma escola de samba esculhambou Lula, embora algumas tivessem esculhambado Temer, Cabral, Crivella e não tivessem faltado malas suspeitas em vários desfiles.
   Não teve pixuleco. Não teve Lula presidiário. Não teve Lula carregando mala. Não teve tríplex. Não teve sítio. Nem no sambódromo do Rio, nem nas ruas do Brasil.
   Mas teve Temer vampiro. Teve pato amarelo. Teve negros e brancos engaiolados.  Teve Cabral na festa dos guardanapos. Teve Crivella taxado de inimigo do carnaval – e, portanto, inimigo do povo.
O discurso do Lula bandido, Lula pixuleco, Lularápio, muito repetido como um dogma, pelos alto-falantes da Globo, não colou no povão até agora.
   Por mais que esse povo dê audiência à Globo, por mais que fique hipnotizado com as novelas, por mais que assista ao Caldeirão do Huck, ao BBB e a outras aberrações, a Globo não fez a sua cabeça. Não conseguiu convencê-lo de que Lula tem que ser destruído.
   O povão acredita nas novelas, mas não acredita no Jornal Nacional.
   Quem quer a destruição de Lula não é o povão, que não tem instrução, mas tem sabedoria; é a classe mérdia - instruída, mas obtusa...e quem quer ser aceito por ela!
   Essa é a derrota que a Globo não escondeu no carnaval.
   E a grande vitória de Lula.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Moro vai mandar prender carnavalesco da Tuiuti.

 
                       Mesmo sem provas, alega que escola é do Lula.
               Dallagnol diz que desfile da Tuiuti é ideologicamente falso.
               Globo exige prisão da comissão de frente por se considerar atacada e Kamel diz de novo não serem racistas.
              Bolsonaro disse que vai metralhar Tuiuti e Sheerazade quer amarrar no poste mestre sala e porta banderia da escola.
             Temer vai mandar Semvergóvia prender folião com carteira de trabalho na mão.
             Carmen Lúcia morre de inveja da rainha da bateria, se desespera e grita que STF tem que ser respeitado!