quinta-feira, 27 de setembro de 2018

FEMINISTA

“Dicionário Houaiss da língua portuguesa: FEMINISMO: teoria que sustenta a igualdade política, social e econômica de ambos os sexos.
Dicionário Jurídico da Professora Maria Helena Diniz: FEMINISMO: movimento que busca equiparar a mulher ao homem no que atina aos direitos, emancipando-a jurídica, econômica e sexualmente.”
Quem  pode dizer que NÃO se considera feminista?
Tenho a sensação de que 99% do mundo não entendeu até agora o que é feminismo. Porque se as pessoas entendessem, quase todo mundo teria orgulho de se dizer feminista. E o melhor: dizer “eu não sou feminista” seria considerado algo mais feio.
Tem  quem diz que feministas não são mulheres, que não se depilam, não usam soutien e não transam. Primeiro porque ser feminista não tem a ver com ser mulher, tem a ver com ser humano. Segundo porque nunca entendi que os pelos têm a ver com posicionamentos ideológicos. Terceiro porque soutien serve para sustentar peitos, não para sustentar ideias. E quarto porque eu já vi gente deixar de transar por causa da igreja, por causa de promessa, por falta de opção, por infecção ginecológica, problemas de ereção… Mas por feminismo nunca vi. Alguém já viu?
Ser feminista não é bom ou ruim. Ser feminista é necessário.  Uma vez ouvi uma amiga dizer “a mulher que diz que nunca foi discriminada é apenas uma mulher muito distraída”. Não precisamos sair dos nossos bairros.  O machismo que limita, que agride, que marginaliza, que ofende, que diminui, mora ao lado, dorme por perto.

O mesmo feminismo que nos tornou civilmente capazes e independentes perante a lei, é o mesmo feminismo que segue lutando diariamente por uma sociedade mais justa para mulheres, homens, mães, pais, filhas, filhos, trabalhadoras e trabalhadores.
Nós precisamos falar sobre feminismo. Com nossos amigos, nossos pais, nossos filhos, grandes ou pequenos. É hora de falar sobre igualdade entre meninos e meninas. É hora de falar que meninas podem jogar bola e ter carrinhos e que meninos podem cuidar de bonecas. Quem não quer ter um filho feminista? Quem não quer que eles vivam num mundo de igualdade, no qual nem meninos nem meninas sejam massacrados pela truculência do machismo?
Perceber que a questão existe, que o tema não é antiquado e que, infelizmente, as questões de gênero estão muito longe de serem superadas. A violência persiste, a discriminação no ambiente de trabalho persiste, a desigualdade salarial persiste, a discriminação com as tarefas domésticas persiste, as pequenas (e não menos graves) agressões machistas do dia a dia persistem. Então a luta tem que persistir.
O feminismo não é de esquerda nem de direita. Não é só para mulheres nem é só para homens. Não é ameaça. Não é um estranho. Mas perceba que quando você trata os feministas na terceira pessoa do plural, excluindo-se, você está afirmando não fazer parte do grupo que prega a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. Pense bem de que lado você quer estar.
Se você percebeu que é feminista, fique tranquilo não contarei para ninguém. Mas, sabe? Se eu fosse você, eu sairia contando para todo mundo. Porque ser feminista é lindo, é importante, é sinal da inteligência e da decência de qualquer ser humano. Sejamos todos feministas. E o mundo será melhor a cada dia. Pode apostar.
 DIA 29/09 SÁBADO. DIA DO ELE NÃO.  FILHO DELE TAMBÉM NÃO!

domingo, 23 de setembro de 2018

PT NUNCA MAIS !!!


Hoje 23/09 estava na  feira livre da vila, em Volta Redonda, como faço  todo dpmingo, tomando minha cerveja quando duas pessoas estavam descendo o pau nos governos petistas, claro que o feirante estava  concordando.
Então me fiz de rico, e disse: " Esse governo foi a nossa desgraça, onde já se viu construir casa para pobre, por isso não conseguia alugar meus imóveis, pobre tem que morar  de aluguel; onde já se viu pagar faculdade para filho de pobre, tá errado, pobre tem mesmo é que trabalhar no pesado; e o salário mínimo? Que aumentava todo ano um absurdo , bom mesmo era na época do FHC, que não era nem 400 reais, assim nós não aguentamos; E as cotas para pobres, negros, índios e quilombolas, está errado, quem deveria ocupar as vagas é o filho de quem gastou dinheiro com escolas particulares. Meu filho teve que fechar dois dos cinco postos de gasolina, porque o PT controlou os aumentos, o preço da gasolina aumentava toda semana na época do PSDB.
Onde já se viu gastar um dinheirão fazendo a transposição do Rio S. Francisco para levar água para nordestinos, eles tinham é que morrer de sede e fome. As duas não concordaram comigo, "Também não é assim", eu continuei , Nem domésticas nós não conseguimos mais , as preguiçosas agora querem é fazer faculdade pelo tal Prouni e Fies, dormir no emprego também não querem, se dormem querem hora extra por conta daquela maluca que assinou a PEC das domésticas, desse jeito não dá. Desejo que esse governo não volte nunca mais! Até os aeroportos foram invadidos por pobres, era horrível viajar ao lado de alguém suado, com um punhado de catarrentos ao lado, ainda bem que o atual governo já desfez muitos desses projetos que beneficiava esses melequentos .
Elas arregalaram os olhos e sem argumentos fecharam a cara. Acho que se pudessem tinham me matado.
Somente assim para abrir os olhos de pobres alienados.
Diga não ao retrocesso!!!
Vote 13
Vote Haddad
Para o Brasil votar a sorrir!

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Não acabo amizade por causa de política.


Se você concorda que os portugueses não pisaram na África e que os próprios negros enviaram seus irmãos para nos servir, acabo a amizade pelo desconhecimento da História.
Se você concorda que de 170 projetos, apenas 2 aprovados, é o mesmo que 500, acabo a amizade por causa da Matemática.
Se você concorda que o alto índice de mortalidade infantil tem a ver com o número de nascimentos prematuros, acabo a amizade por causa da Ciência.
Se você concorda que é só ter carta branca para que a PM e a Civil matem quem julgarem merecer, acabo a amizade por causa do Direito.
Se você concorda que não há evidências de uso indevido do dinheiro público, mas acha que é mito quem usa apartamento funcional "pra comer gente", acabo a amizade pela Moral.
Se você concorda que Carlos Brilhante Ustra não foi torturador e que merece ter suas práticas exaltadas, acabo a amizade por falta de Caráter.
Se você concorda que o Bolsonaro participou, aos 16 anos, da perseguição ao Lamarca, acabo a amizade por falta de Verossimilhança.
Se você concorda que não temos dívida social com um povo que foi arrancado do seu mundo pra servir a outro e que diferenças de tratamento étnico-racial é historinha, acabo a amizade por Racismo.
Se você concorda que as mulheres devem ganhar menos por gerar vidas e que são frutos de fraquejadas, merecendo serem estupradas ou não, de acordo com a sua aparência, acabo a amizade por Misoginia.
Se você concorda que não há possibilidade das pessoas viverem sua sexualidade livremente, com direitos e deveres como qualquer cidadão ou cidadã, mas que devam apanhar para aprender o que é certo, acabo a amizade por Homofobia.
Como vocês podem ver, não acabo a amizade por causa de política.
Acabo pela ignorância, truculência e pelo desrespeito que acompanha quem diz que não se acaba amizade por causa de política.
O fascismo não se discute, se combate.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Quinta da boa vista.



Domingo de Quinta da Boa Vista era sinônimo de família. Pela manhã, iamos ao Jardim Zoológico seguido de ligeiro piquenique e, à tarde, o grande Museu Nacional. Imponente como o silêncio espacial do meteorito Bedengó, os esqueletos estranhos, nossos olhares infantis transbordavam de curiosidade. No fim de tarde, fechavam-se as portas, e o barulho dos visitantes dava lugar aos rangeres solitários de velhas colunas de madeira, causados pela temperatura mais baixa da noite que chegava. Nós iamos dormir, até sonhavamos com os dinossauros que admiraramos no Museu. De repente, um enorme incêndio, também num entardecer de domingo, pôs tudo abaixo e esfumaçou um pedaço da alma carioca. E pensar que seu custo anual era menor do que um juiz do Supremo Tribunal Federal. E que não recebia verbas regulares desde 2014.                                                                                                          Tudo muito triste!

CARTA DO MUSEU NACIONAL.



Ao povo brasileiro, peço desculpas. Não houve outra opção. Sacrifiquei-me, pois estava velho e pesado, onerando os cofres públicos e acorrentado a uma política cultural pífia e decadente. Em um país onde faltam esparadrapos em hospitais e onde adultos mal sabem ler, o consumo de cultura e história é supérfluo quando comparado ao de arroz e feijão.

Suicidei-me para dar espaço à nova cultura brasileira, midiática, imediatista e efêmera. Não há espaço para a contemplação de artefatos gregos e egípcios num mundo onde jovens cantam a "chatuba de mesquita". Talvez se eu tivesse investido mais no meu sex appeal como o MAR ou o Museu do Amanhã, eu pensaria em ficar um pouco mais com vocês.

Hoje vejo e ouço as lágrimas e o choro hipócritas daqueles que "me amavam tanto", mas não me viam a décadas. Também o choro - igualmente hipócrita - dos políticos e pseudo-intelectuais que poderiam ter me tirado da minha depressão profunda, nem que fosse pra dar uma mão de tinta na minha fachada.

A você, cidadão comum, deixo meus primos. A Biblioteca Nacional, O Paço Imperial, O Museu Nacional de Belas Artes, O MAM e o Theatro Municipal. Sei que você sabe que eles existem, mas não os conhecem. Peço que os veja ao menos uma vez e absorva um mínimo de cultura que seja, sem o desejo incontrolável de tirar uma selfie (que no meu tempo se chamava autorretrato). Visite-os, antes que também tomem a mesma decisão que tomei.

Deixo-vos com a certeza que dentro de 30 dias o povo estará nas ruas num embate viril entre coxinhas e pães com mortadela; e que em fevereiro teremos um novo hit do verão. Serei lembrado como aquele tio velho que morreu. Alguns guardarão lembranças e saudade. Outros sequer lembrarão que existi.

Abro espaço, então, para a antítese profetizada lá atrás, que finalmente poderá ser materializada: a criação de um "museu de grandes novidades". Penso que será melhor assim.
- Museu Histórico Nacional