segunda-feira, 29 de março de 2021

Para desanuviar

 


Vai passar. 

Vai ficar leve. 

Vai me ensinar.

Sou macio. 


Sinto a dor mas não me apego a ela. 

A mente sempre exagera!


Daqui a pouco vou olhar para trás,

Vou agradecer por cada pedacinho desse caminho que não escolhi.


É pra minha evolução!


Amo ficar olhando pro céu. 

E ontem a noite, ele estáva lindo! 

A lua se exibindo,

Dando seu espetáculo!!!


E aí eu cansei...

As pessoas as vezes me cansam!

Vou focar nas células, e afins

Para desanuviar

Não existe atalho

Vai valer a pena.

Tô na batalha. 

domingo, 28 de março de 2021

H O J E N Ã O !

 

Para sermos felizes aboliremos os domingos

Decisão tomada avisaremos à família

Depois as segundas e as terças, mais  os sábados

e também a sexta.

Sentiremos mais livre e na quarta.

Esqueceremos o natal,

a páscoa e o ano novo.

No aniversário sem idade

assumir os cabelos brancos sem vaidade.

Nas contradições florescer o amor.

Te dizer à noite as declarações amaveis e cotidianas, acordar  antes do dia amanhecer,  e repeti-las.



Renascer num dia morno com novidades.

Saber  que já são horas de 

zerar a contagem do tempo

para viver a paisagem interior.

Nas curvaturas do mundo,

Você inusitada e relativa

não aceitar ficar congelada

numa selfie datada   

          

A poesia, a complexidade, porque só viver não basta!

FALTOU AR

 


Eu não entendi direito o que aconteceu. A Fabíola morreu. A Fabíola é filha da Antonia, enfermeira das doenças do corpo e dos abandonos da alma. Eu mesmo fui, por ela, acolhido. 
Meu pai morreu antes de me conhecer, não pôde esperar. E minha mãe, de doença em doença, viveu de ausências. Lembro dela, em um inverno inteiro, ou em qualquer estação. No dia em que ela foi ser recebida pelo meu pai, é o que quero acreditar, descansei de ver a sua dor e doí aínda a sua partida.
Antônia, desde sempre, falou dentro de mim, e, então, permaneci vivendo os meus dias. Nunca pude desistir. Ela não deixava. Ria das esquisitices dela mesma, das manias que toda gente tem e que nem sempre revela. Ria de estar viva e de ser feliz por inteiro.
A luz acordava esclarecendo o dia e me lembrando de que a bondade era minha muito mais que amiga. E ela entrava  trazia um pedaço de bolo de milho com coco para explicar à vida que merecíamos saborear e viver. Depois, me arrastava para caminhar. E, se eu estava triste, dormia em minha casa, o que me trazia conforto.
Essas coisas eu não concordo. Por que justo a filha dela teve que morrer? A filha que vi cresceu, que vi nascer. A filha que vi aprendendo a ficar bonita, usando maquiagens estrangeiras que a mãe comprava. E ria o mesmo riso da mãe. Usavam, vez em quando, a mesma roupa. Era bonito ver. A mulher e a menina e o mundo inteiro cabiam no meu olhar, e naquele amor.
A Alzira frequenta sempre a minha vida, disse que me falta fé. Que nem tudo tem explicação. Mas eu não entendo. A mãe só faz o bem, a mãe tem uma única filha, a mãe já não tem mais a única filha, e sei que ela vai continuar fazendo o bem. Só que com o coração faltando o maior pedaço.
Eu sei que, como a Antônia, como eu e a Alzira, tem muita gente sofrendo nesses tempos. Uns enterram seus mortos sem despedidas, e voltam para casa querendo acreditar que o dia da dor não existiu. Existiu, sim.
Pouca gente no enterro de Fabíola. Velório nenhum. E Antônia despedaçada sem dizer nada. Ela que cuidou de tantas vidas, nesses tempos de horror. Ouvia suas emoções dizendo da tristeza de não ter respirador para todo mundo. De mães gritando, quando recebiam a notícia, de filhos inconsoláveis. E, agora, foi a vez dela.
A filha morreu no mesmo hospital em que ela trabalha. No corpo sem vida, o útero seco engolia nada de um desmentir da natureza das coisas. Não é justo uma mãe enterrar uma filha. Alzira disse algumas palavras. Fez uma oração triste e bonita. Tudo muito rápido, como rápido foi o existir da vida de Fabíola. Da Fabíola que sonhava em ser enfermeira como a mãe, que brincava de medicar as bonecas, que ajeitava o quarto como se fosse um hospital de criança. 
O quarto ainda está lá com os brinquedos, sem compreender a ausência. As gavetas revelam pedaços de papel com vidas inteiras, fotografias das duas juntas, paninhos, bijuterias, cadernos e não sei mais o quê, parei de ver. Sobre a mesa do quarto, outros retratos, perfumes, maquiagem e uns bilhetes de amor. No espelho, grudada uma das tantas cartinhas da mãe, quando saía cedo para trabalhar e queria surpreender a filha. Meu Deus, e agora? Eu sei que, em toda a rua, mora uma dor, mas é a Antônia que eu conheço que, hoje, sente a dor mais doída do mundo.
Dizem que já morreram mais de 300 mil pessoas. Fico em silêncio. Ouço os comentaristas falando que demoramos para acreditar no vírus, na vacina, na ciência. Falam de outros países que cuidaram melhor dos seus filhos. Não concordo com quem concorda com a mentira.  É disso que precisamos? Estou fazendo uma sopa para levar para Antônia. Eu sei que ela tem fome nenhuma, mas vou ficar perto dela, talvez sem dizer nada, talvez chorar com ela. Falo com sinceridade, o tempo vai aliviar um pouco, mas a vida sem Fabíola vai ser um jardim difícil de brotar beleza.
De repente escuto Antônia cantando um verso que ela diz que aprendeu comigo. “Corra e olha o céu, que o sol vem trazer bom dia!”. 
Que horas são? Ufa, no meu caso, foi um pesadelo...

quinta-feira, 25 de março de 2021

ESCREVER É UM ATO DE RESISTÊNCIA!

 




Quando as nuvens se tornam densas, nos sufocando, o ar ficando rarefeito, turvando a capacidade de raciocínio. Quando a cegueira deliberada deixa difusa a visão, e a capacidade de ação parece debil. 

Quando a angústia parece ser eterna companheira. 

Nesse caos, nesse túnel sem luz, aparece um convite para escrever. Como dizendo: respire, tire a venda, ouse e sonhe, você não está só. 

Os assuntos se embaralham neste momento. Ninguém pode escrever sobre mais nada enquanto 300 mil mortos ainda permanecem nas nossas memórias. No momento em que a nossa tradição – o nosso rito de passagem nas mortes –não pode ser preservada. Nessa hora trágica  a falta do abraço é substituída pelo olhar, mas que, no momento da despedida final, não temos o olhar familiar que nos acaricia. Nem o abraço, nem o olhar. Só a solidão como companheira ou o olhar cansado, mas solidário, de um profissional de Saúde. 

Esse herói anônimo.

A minha dor é a companheira da indignação. Sabemos todos que a irresponsabilidade genocida do governo, que não digo o nome, virou as costas para a ciência, que desprezou a vacina, que se vale da necropolítica, com a falta de empatia, que cultua a morte, faz de nós hoje o país responsável por 1/4 de todas as mortes de covid-19 do mundo. 

É necessário enfrentar, ainda que com a resistência literária. Não permitiremos que nos intimidem com a perversa ignorância física, com o boçal desconhecimento dos limites básicos da ética, do bom senso e até do humor. 

Os fascistas são bárbaros e não têm capacidade de compreender a ironia e detestam poesia. Têm uma espécie de culpa enrustida de tudo, mesmo do que não sabem. Por isso, apelam para as armas, para a violência, para as ameaças. São covardes e canalhas.


É necessário saber enfrentar as provocações diárias. Sem medo e com destemor. 

Sem escrúpulos, os idiotas fazem leituras da aplicação do entulho autoritário que é a Lei de Segurança Nacional (LSN). Confundem a liberdade de expressão, base do sistema democrático, com  manifestações financiada por grupos de extrema-direita para desestabilizar as instituições. Há diferença entre o respeito ao direito de opinião, base do sistema democrático, e o abuso para subverter a democracia é onde reside a nossa maturidade. Cabe a nós prestigiar um e denunciar, enfrentar o outro.

Vamos fazer nosso ato de resistência acreditando na Ciência, na vida, na solidariedade e na poesia.

Vamos nos refugiar em Mário Quintana :

"Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, este ar que entra por ela. Por isto é que os poemas têm ritmo, para que possas profundamente respirar. Quem faz um poema salva um afogado”.

quarta-feira, 24 de março de 2021

V E N H A

 



Quero ler a palma da sua mão

Cantar em língua cigana

E pela cintura te abraçar

(ou você me abraçar)

nessa dança.



Ser contra o vento

Ser à beira do mar.


E se for à beira

do precipício do mundo

ser á tontura e estrelas

o céu e as palavras.


No abraço,

escutar em meu peito

a desordem do seu coração.


Um desgoverno danado


A porta aberta  

O coração também,

Venha !

domingo, 21 de março de 2021

As palavras, os versos... cheios de hormônios líricos são capazes.

 

As palavras, os versos...
cheios  de  hormônios  líricos são capazes.

Eu sei que era pra ser assim, essa coisa que descompensa e dá prazer. 

Amor?

Paixão?

Como as coisas são denominadas, por quem e para que? 

Não quero chamar de nenhum nome o que só se sabe sentir... quero desnecessitar das denominações para que essa coisa rompa os absurdos da linguística, ultrapasse a razão da fonética e te absorva em normas não gramaticais. 

Beije meu beijo sem nome e sinta meu corpo sem letras. Porque é assim que quero você: uma coisa, cujo nome, somente minha língua, junto da sua, consegue falar.

quarta-feira, 17 de março de 2021

ATRAVESSAR PAREDE

 




Trocamos as letras das palavras

não nos  concentramos. 

Paramos tudo, paramos o mundo.

Atravessaremos qualquer parede,

obstáculo, oceano para termos nossos olhos refletidos reciprocamente!

-o sensível e ao mesmo tempo forte -

O toque em nossa pele formigará

sentir o teu corpo deslizar pelo meu

sentir o meu escorregar para dentro do seu.

Relaxa.

Relaxo. 

-Ser minha entrega-

-Ser teu brinquedo, teu sossego ...

O voo desengonçado de um morcego.

Nossos braços, boca e olhos

Adormecer devagar sentindo cheiro de vida no ar.

Adormecer em um abraço

-me desconheço-

dormimos juntos mais uma de tantas

e tantas outras noites.

respiramos e sonhamos

juntos até o latir dos cachorros,

o cheiro de café.

Estar juntos o só sopro da vida

Amanhecer. 

Recomeçar.

sábado, 13 de março de 2021

O PAI, O FILHO, Uns Boçais!



                                                                                                                 

   Zé Gotinha não é criança. Zé Gotinha não é adulto. É um personagem híbrido. Sua imagem é de acordo com quem o vê. Para  mim parece mais garoto do que homem.

   Eduardo Bolsonaro não é homem. Apenas parece um. Mas é uma criança, ou melhor, um moleque. E, no caso, não depende de quem o vê. Talvez, de quem o ouve; ou de quem o lê. É um bananinha. 

   Jair é homem, biologicamente falando. O gênero, eu não sei. A fixação pelo rabo alheio, as piadas homofóbicas e a insistente forma de ofender, envolvendo homossexualidade, me deixam em dúvidas. 

   O verdugo do Planalto violou verbalmente as bundas dos  jorna-listas com 15 milhões de reais em latas de leite condensado. Já Eduardo, o bananinha, apelou para máscara na nossa. A fase anal não passa.

   Não satisfeito, o bolsokid violou o Zé Gotinha. Pra mim, uma criança. Não foi sexual; seria pedofilia. A intenção foi moral. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) deveria agir.  

  Se o Zé não é criança, é uma personagem infantil. Seu universo é lúdico; pueril. Ao lhe colocar um fuzil nas mãos, Bolsonaro filho violou a infância como seu pai viola nossa saúde. Ambos são imorais.

   O Zé Gotinha não merecia ser associado aos Bolsonaros e ao bolsonarismo. Estes são toscos, movem-se pela e para a morte. O Zé é inocente, simboliza a esperança, a saúde, a vida.

   Bolsonaros e gados, retirem a máscara do furico, enfie o fuzil no rabo e deixe o Zé Gotinha em paz, longe das mortes de que vocês são incentivadores. Não tragam para o universo infantil a maldade de vocês, e de suas milicias.

quinta-feira, 11 de março de 2021

Valeu, Lula !

 


Ontem, um homem falou.

Eu o ouvi. O mundo inteiro o ouviu.

E depois que o homem falou, tudo ficou diferente. Isso me surpreendeu muito, pois eu não imaginava que ele seria capaz de mudar tanta coisa, em tão pouco tempo.

Perguntei a mim mesmo o que teria provocado tudo isso, e acho que foi o fato de o homem ter realmente tocado o coração das pessoas que o ouviram. O homem que falou traz na alma as marcas de muitas perdas. Ele perdeu um irmão querido, e foi impedido de se despedir. Centenas de milhares de brasileiros igualmente perderam irmãos queridos, e pais, e mães, amigos e filhos, e foram impedidos de se despedir deles.

O homem que falou perdeu um neto ainda criança, na inocência de seus 7 anos, e na ocasião ele recebeu o escárnio e a falta de piedade de muitos. Nenhum abraço, nenhum cuidado, nenhuma solidariedade. Agora, centenas de milhares de brasileiros também receberam desprezo, o escárnio e a falta de respeito  solidariedade, ante perdas de vidas amadas e preciosas. Nenhum abraço, nenhum cuidado, nenhuma solidariedade.

Isso dói muito. E poucas coisas unem mais as pessoas, que a dor compartilhada.

Por isso, o coração das pessoas se conectou ao homem que falou. Pois ele os acolheu, manifestou solidariedade, respeito e acolheu a dor de tantos, sabendo exatamente o que significa. 

E todo mundo precisava muito disso.

Nós precisávamos  ouvir um ser humano normal falar conosco novamente. Pois já faz tempo que nós  brasileiros só ouvimos loucuras e  xingamentos, atrocidades, desejos de morte, desrespeitos e humilhações, e isso vai apagando os sorrisos e tirando a cor da vida.

Os brasileiros, em sua maioria, não são maus. Existem os maus, sim, mas agora nós já sabemos identificá-los e, definitivamente, eles são a minoria. A maioria do nosso povo traz a bondade em sua essência, a hospitalidade, a alegria, o bom humor e a esperança, e tudo isso lhes foi sendo roubado cotidianamente.

A tristeza foi se instalando, à medida que só os maus falavam, ironizavam, gargalhavam e tripudiavam sobre o sofrimento de milhares.

Mas então, o homem falou, e nos disse que não se pode desistir jamais e que é possível mudar tudo e reconstruir a vida e o país, destroçado e sufocado pelo ódio.

Nós descobrimos que não gostamos de odiar e não queremos mais viver assim.

Hoje, uma amiga que perdeu dois familiares para a Covid e caminhava para um quadro depressivo me disse que ontem ela sorriu de novo, depois de meses de tristeza e desesperança, e já não está tão triste. Muitos se animaram, como há anos não acontecia.

Os que se sentiam perdidos e sozinhos nesse lamaçal de boçalidades já não se sentem assim. Os maus se calaram e se acovardaram.

Só porque ele falou.

Fala mais, LULA! Fala para que todos saibam que não há mal que sempre dure e que a nossa estrela vai brilhar de novo.


Valeu, Lula!

INTERDIÇÃO JÁ!

 






Vou fazer judicialmente um  pedido de interdição do presidente Jair Bolsonaro, pela forma como ele tem conduzido o combate à pandemia da covid-19 no País. 

Na representação, vou alegar que as mortes pela covid-19 no País, e as declarações do presidente mostram a falta de “discernimento necessário” ou das “capacidades mentais plenas”.

O  Presidente da República atua com a finalidade de conduzir a população à morte, tudo para confortar seus anseios e seu apreço pelo sofrimento, e a não preservação da vida humana. 

Com suas  maledicente e tresloucada ações  para conter a disseminação do novo coronavírus,  senhor Jair Messias Bolsonaro não está — ou nunca esteve — na plenitude das suas faculdades mentais, se mostra incapaz de medir as consequências de suas ações, colocando a vida da população em risco. 

Bolsonaro age na contramão dos atos que uma pessoa em plena saúde mental agiria, especificamente porque tem a finalidade deliberada de causar danos à população brasileira, conduzindo o país ao abismo com as suas condutas negacionistas e obscurantistas em detrimento da ciência.

segunda-feira, 8 de março de 2021

A GOTA QUE FALTA...

 


Não se espera a gota d'água 

           quando há muito

               se derramou


Resta aguar o chão com o sangue

        que um dia foi represa

            e agora rebentou.

Desconexo

 



Abre os olhos

Mente misturada

Dificil se expressar com tanta coisa por dentro

Pulsa

Separar o joio do trigo

Ócio mental

Cobranças internas

Confusões

Ah o mar!

Manso e feroz

Salgado e forte

Azul e verde

Pacificador e destruidor

Pedras que freiam

Lodo que escorrega

Sol quente afaga

Chuva esfria

Suavizar das folhas

Ar da manhã

Carcarejar do galo

Os sapos da madrugada

Olhos atentos e cerebro ativo

O desligar de um interruptor

O pedido da alma

O prazer se descobrindo

Vocabulário precário de palavras de não ditas

Inexpressivel voz e leitura

Entedivel à luz dos olhos

O breve e longo conhecimento

A eterna sabedoria

O sentido

O motivo

A razão

A emoção

Harmonia do que?

Descobrir

Interagir

Seguir

O Significado

Unificado e separado

A dificil arte de compreender

Voar

Não voltar

Subir

Subir

Subir

Tato do espírito

Numa viagem sem fim

Para cada um se descobrir

Entre antíteses e sinonimos

Simplesmente se encontrar

Uma busca, uma vida                                                                            Te encontrar                                                                                            Com você viver..

sexta-feira, 5 de março de 2021

O CARRASCO DOS IGNORANTES

 



Durante a semana, Jair Bolsonaro promoveu uma série de ataques às medidas protetivas contra a Covid, no momento que o Brasil amarga o colapso do sistema de saúde e quase duas mil mortes diárias em decorrência do vírus. 


Além de pregar contra  lockdown, ele condenou o uso da máscara e disse que é preciso parar de “mimimi”, referindo-se às 260.970 mil vítimas da Covid-19 no Brasil.


O que vai fazer esse monstro pagar por sua irresponsabilidade? A dor individual da familia? A dor coletiva das instituições e entidades de luta?

Ou todas as dores irão se acabarão com o tempo?

Há tanta dor por vir que já nem sei para onde caminhamos, ou melhor, tropeçamos. 


As dores nem sempre resultam em revolta e exigências para muitos que logo se ocupam de colocar a culpa no virus e tornar a tragédia algo sem controle e quase que natural.

Assim muitos eleitores de Bolsonaro filtram suas declarações de desprezo pela vida e tendem a ficar de seu lado, afinal ele faz o que pode e o que deixam fazer. Ele é o homem que enfrenta os poderosos de dia e de noite. Ele é um militar e foi feito para matar ou morrer em nome da pátria! Conversa para GADO dormir.


Penso que  não  é  impossível que o somatório de escorregões e desleixo com a dor façam com que a maioria sobrevivente se rebelem contra o monstro miliciano sem mimimi e sem choros mas com uma boa dose de coragem.

Saibam que a vida dá  muitas voltas mesmo na terra de Messias que dizem ser plana. 


Quem (sobre)viver verá!!!

E S P A N T O !

 


Tenho calafrios cada vez que o presidente faz um pronunciamento em rede nacional ou resolve passear por Brasília, indo a farmácias e entrar em padarias para tomar lanche, como se a despensa da cozinha do Palácio do Planalto estivesse completamente desabastecida.

Felizmente, meus calafrios não são calafrios febris, mas vêm da certeza de que no dia seguinte um bando de brasileiros vai seguir o péssimo exemplo presidencial, sair de carro, ir à praia e lotar supermercados para comprar ovos de Páscoa como se não houvesse SARS-CoV2, como se 4 bilhões de Homo sapiens não estivessem em isolamento em todo o mundo e como se o presidente não negasse a gravidade da situação, ao lado de outros grandes estadistas como os tiranos da Nicarágua, Belarus e do Turcomenistão. Nem mesmo a mudança de atitude de seu ídolo Donald Trump em relação à pandemia faz o já apelidado BolsoNero (The Economist), Capitão Cloroquina (Ricardo Kotscho) e Bolsovírus arredar pé de seu negacionismo infectocontagiosos.

Seguidores presidenciais, mais irrealistas do que o rei, juram de pés juntos que o vírus não existe e tudo não passa de invenção da Rede Globo para derrubar o eleito. O poder da Globo é globalmente impressionante. A emissora do Jardim Botânico consegue obrigar a CNN, NBC, BBC, o Le Monde, o New York Times, a Forbes, The Ecoomist, o Wall Street Journal, as revistas científicas Nature, Science, New England Journal of Medicine, The Lancet, entre outras, a mostrar imagens e publicar reportagens e estudos sobre um SARS-CoV2 que não existe, e encenar situações como as de valas comuns para sepultamento de cadáveres imaginários, e fazer Hollywood filmar salas de emergência abarrotadas de doentes mundo afora. Mais ainda, convence Sua Majestade Elizabeth II a fazer um pronunciamento sobre a fantasiosa pandemia e força o primeiro-ministro Boris Johnson a se internar com a imaginária COVID-19! Gente, é muito poder!

Jair Messias Bolsonaro é, antes de mais nada, um negacionista da ciência, quando isso lhe convém.

quinta-feira, 4 de março de 2021

Deixe eu dizer o que quero.



Quero falar de Sinceridade 

Fidelidade

Respeito, e outras coisas.

Admirar as virtudes 

Aceitar os defeitos,

Respeitar a individualidade.


Falar em Amizade,

Apoio, interesse

Solidariedade,

Reciprocidade,

Muito além dos sentimentos

Compreender...

Pra depois gostar!

segunda-feira, 1 de março de 2021

DESISTA, NÃO VAI ADIANTAR!!!

 


O pensamento da extrema direita bolsonarista é em tudo semelhante ao pensamento delirante. Através do discurso do seu chefe foi se construindo uma realidade paralela em que o grande perseguidor é Lula e o PT. Essas idéias são de tal modo arraigadas e tão fortemente compartilhadas que são igual o delírio - irremovíveis. Não adianta argumentar, não adianta mostrar a falta de lógica do pensamento deles. Não há diálogo com delirantes.

Se o pensamento delirante de um indivíduo é forte, imagine se, hipoteticamente, ele encontra eco e aceitação em um grupo (só lembrando que isso nunca acontece com psicóticos, onde cada um tem seu mundo próprio)! O grupo passa a se retro-alimentar do delírio um do outro e se cria todo um sistema delirante.

É isso que estamos vivendo. Para nossa própria saúde mental, não tentemos  argumentar com um bolsominion. 

DESISTA, NÃO VAI ADIANTAR!!!