quinta-feira, 31 de março de 2011

Diz que me ama!

Não te conto novidades, nada muito diferente, teorias sobre a gente, a angústia que me invade. Junto palavras já testadas: Amor, Saudade, Beijo, Despedida. Figuras repetidas, gastas que já não dizem nada. Extremamente fácil,banal, clichê, lugar-comum. Retratar a vida, te deixar feliz e comovida. E me fazer igual a qualquer um.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Quero não, não vou não!!!!!!!!!!!

O público em cima do viaduto próximo ao Curral do Samba (Sambódromo))do Rio, é o antigo "puleiro", em versão moderna de concreto. A geral que não pode pagar ou não conseguiu ingresso, se espreme ao longe, inclusive arriscando-se. Quem vai tirá-los de lá?
É um grande momento cultural de país, e por isso merece uma abertura pomposa. E como é bonito ver aquela gente de perucas coloridas, gravatas hilárias, roupas extravagantes, todos de pé, cantando o Hino Nacional, com força e respeito cívico, carnaval e cidadania. Ao final, todos aplaudem delirantemente e cheios de orgulho. Nisso, uma mulher, no camarote, diz: "está errado; não se pode aplaudir o hino nacional...". perguntaram: "onde, como e quando esta lei foi escrita?". Ninguém soube responder, mas uma outra comentou: "é símbolo nacional, e não se aplaude mesmo....". A platéia é vida, e a vida é organismo vivo, pulsa. A vida é incontrolável, e quando o povo quer aplaudir ou vaiar, não adianta regras de etiqueta. A vida é maior que as regras, e não se deixa prender por elas. Será que a aula que esta gente freqüentou, eu faltei? A etiqueta só é boa quando ajuda o bom relacionamento, tipo dar bom dia, pedir por favor, abrir uma porta para alguém mais fraco passar. Rampas para cadeirantes, isso sim. Que bom o Hino Nacional na Sapucaí.
Tem também as mulheres, cujos atributos, ganharam o apelido de algumas frutas(Melão, Melancia, Morango,etc....)Será que elas se esqueceram que frutas duram somente uma safra? Frutas viram bagaço ou apodrecem!

Obama na Cinelândia?Não vou não, quero não!!!!!!!!

domingo, 6 de março de 2011

Vai passar nesta avenida um samba popular!

Neste Carnaval quero folias interiores. Quero toda a Avenida em silêncio, a euforia em cada sorriso. Rasgar a fantasia das pretensões e, gente despida de hipocrisias, deixar o eu mais solidário.
Fechar os ouvidos aos apitos e, mente alerta, deixar cair as máscaras do ego e, nas passarelas da transparência, ver desfilar a penúria da condição humana.

Aplaudir sambistas com fogo nos pés e as mulatas eletrizadas pelo ritmo da batucada, avessas as todas as crenças.

Nos Filhos de Gandhi, com os orixás de todas as religiões, para que a paz se irradie.em cima do trio elétrico, puxar o canto que semea estrelas.

Um enredo com a simplicidade e a beleza das histórias contadas às crianças, adereços, o mínimo. A nudez sendo a mais pura revelação de todas as virtudes; assim, ninguém terá vergonha de mostrar o que Deus não teve de criar. A rainha da bateria virá tão bela quanto uma vitória-régia pousada numa lagoa límpida.
A evolução da escola culminará em revolução: a fantasia se fará realidade!