Opiniões sobre o debate

 

Lula perdeu tempo batendo boca com aquele falso padre, mas se saiu bem. Desmontou o Ciro na pauta econômica e conseguiu descontrolar o Bolsonaro revidando com vários golpes as baixarias dele.

Ciro Gomes começou muito mal no enfrentamento com o Lula no debate e depois despareceu ficando bem ao terceiro plano perdendo espaço para as duas candidatas mulheres.  

Soraya Tronick foi razoável, me fez dar muitas risadas no seu enfrentamento com o falso padre. 

Simone Tebet brilhou, conseguiu falar de suas propostas e eu achei que ela teve uma postura muito decente em relação as sandices do Bolsonaro em associar o assassinato de Celso Daniel ao Lula. Felipe D'Ávila pra mim junto com o falso padre foram linhas auxiliares do Bolsonaro. 

Bolsonaro, esse sim foi o grande derrotado, se descontrolou, só conseguiu falar para convertidos e depois que tomou na cara no primeiro bloco dos contra ataques do Lula percebi até que ele baixou o tom. 

Ganha um debate quem consegue furar a bolha e falar com os indecisos. Quem tá disposto a votar no Lula hoje ou no Bolsonaro não mudará de votos nem que um ou outro ou ambos faltassem ao debate.

Com Açúcar e Afeto

 

Se agasalhe, 

Chegou uma frente fria,

No JN falou que vai chover,

E se chover vai desmanchar a poesia,

De açúcar que eu fiz pra você,

Sei que SP é terra da garoa,

E todo dia à tarde chove em Belém,

Sei que o Sudeste é selva de concreto,

Em você vejo a beleza que todo lugar tem,

Sei que no Nordeste tem muita Poesia,

Todo lugar é mais bonito com a gente junto,

Se no sol de Salvador,

No 2 de fevereiro,

Vendo passar 

O sagrado é o profano,

Sobre os olhos de Odoya, 

De maos dadas, 

Ouvindo o barulho do mar,

Quando estamos juntos,

Nem me reconheço,

Fico bobo,

Um menino pareço,

Sabendo que tenho mais do que mereço,

É como uma oportunidade, 

Um recomeço,

De quem pensava que passou da idade,

E não teria chance mais,

De viver algo tão bom,

Sua imagem, gosto, cheiro e som

De felicidade,

Vamos ficar juntos, 

Em qualquer cidade,

Com qualquer idade,

Com simplicidade,

Mas não esqueça, 

Vai chegar uma frente fria,

No JN falou que vai chover,

Se chover, guarde a poesia,

De açúcar que fiz pra você!

ATRAVÉS DO SORRISO

 

A cidade era um vão. Poucas pessoas se encontravam nos seus lugares escusos. Poucos carros passavam por entre as poucas árvores que ficavam nas ruas. O sol pouco brilhava nas escuras ruas onde estas mesmas árvores faziam sombras. Mas poucas coisas eram tão notórias como o sorriso das pessoas que moravam nesta cidade. 

Detalhes mínimos as faziam sorrir. Por estes sorrisos nos encontramos num semáforo. Olhamos um nos olhos do outro e apenas sorrimos. Apenas fizemos perceber o outro. Mas o sol não brilhava naquele momento, naquele lugar. Era final do inverno, início da primavera. Nos tempos de inverno a saudade arde mais. Fizera em nós lembranças daquelas importantes pessoas que passaram em nossa vida. Sabíamos que da saudade deveria ficar mesmo somente esta lembrança. Deveríamos prosseguir o rumo e viver em cada vão daquela cidade, daquele lugar onde nos encontraríamos mais vezes. 

Fazermos dos encontros momentos de saudades futuras. Fazermos dos caminhos tortuosos, as saudades da vida de cada um. Sabíamos que da saudade de um amor, de um momento passageiro poderiam transportarmos para outro plano, um plano que nos livrassem da futilidade do mundo, da fumaça que o dia-a-dia faz na cabeça de cada um. Deixaríamos a saudade bater somente aquele momento no peito de cada um e construiríamos uma nova saudade, juntos. Não através do tempo, mas através do sorriso.

Funeral da Rainha.

 

O que esse tipo estranho foi fazer no funeral da Rainha com o mundo inteiro acompanhando? Só podia mesmo ser um papelão! A cena do discurso na sacada da Embaixada foi muito constrangedora. O país em luto, consternado, e os bolsonarentos com agressões verbais aos ingleses. A foto do presidente sorrindo abertamente e cumprimentando espalhafatosamente o Rei diz tudo. Que vergonha.

A sensação que ficou nesse vexame internacional é que, se o presidente falasse inglês, ele teria dito ao Rei: Eu não sou Coveiro! Por sorte nossa, ele mal fala o português. Pensem nisso quando forem votar no dia 2 de outubro. Na eleição presidencial, lembrem-se dos horrores a que esse presidente nos submete. E no Rio de Janeiro, vamos impedir a reeleição desse governador que já tem cinco secretários de Estado presos e que criou o bolsa bandido para empregar centenas de fantasmas na Ceperj com um custo de, pelo menos, R$ 226,5 milhões.

O passado não reconhece o seu lugar, está sempre presente...

Em Londres.

 

Mal a gente chegamos em Londres, já fiz meu primeiro comicy na frente da embaixada. Foi a maior gritaria. Aqui é Brasil, pô!

Aliás, eu sei que já tão falando mal de mim por lá, só porque eu nunca visitei um hospital, e, mesmo depois que liberaram a ida aos enterros, nunca fui ver um defunto de covid.

Pô, mas é claro! Enterro de pobre é um horror. Lembro que o Caco Antibes, meu personagem preferido no Sai de Baixo, disse que enterro de pobre é uma procissão de Chevette e Brasília, e sempre tem uma gorda que dá escândalo, pula dentro da cova e diz que quer ser enterrada junto com o defunto.

Kkk!Já enterro de rainha é chique no último. Ou chic in the last, como se fala por aqui.

Pra recepção no Palácio de Bãquinrã, o Dudu já me ensinou umas palavras. Se o Charles estiver com cara de triste, vou consolar o sujeito dizendo “The crown was in the bique of crow” (a coroa já estava no bico do corvo).

Mas, se ele estiver alegre, porque finalmente virou rei, vou falar “died, died, stop the mimimi, is ok?”, que quer dizer “morreu, morreu, chega de mimimi, talkei?”. Nessas horas tem que dar uma aloprada, senão o treco fica muito pra baixo.

Diário, também tão dizendo que eu vim pra Inglaterra pra comprar um castelo com dinheiro vivo. Mas isso é calúnia. Aqui não aceitam real, pô!

Bom, amanhã eu conto como é que foi o velório. Agora vou ver se aprendo a chorar. Acho que é só pensar no resultado da eleição.

Caem sonhos como folhas

 

No outono taciturno.

Que já dura alguns anos

Voo cego sem rumo

Sonhos como folhas

Vão no vento, vão no tempo

Ondas do passado

Querendo ser presentes 

Sãos os outonos da vida

São pesadelos quando durmo

Sono mais que eterno

Aonde estou e não me quero…

Um sono que me trucida

Banir na procura

Toda loucura…

E receber a primavera Vermelha

Com nossos sonhos,

E nossas vidas!

PRIMAVERA VERMELHA

Aproxima-se a primavera

E um novo tempo vai chegar.

O amor renascerá das trevas

E a paz voltará a reinar.

A fome deixará de existir de novo

E o trabalhador voltará a ter proteção social. 

Discursos de ódio serão calados para sempre

E a verdade histórica prevalecerá. 

Servidores públicos serão valorizados

E o Ministério Público voltará a ser uma instituição democrática defensora da nossa Constituição e da nossa sociedade.

O SUS será melhor financiado e as Universidades Públicas terão a sua dignidade resgatada.

Concursos Públicos voltarão a acontecer 

E os preços públicos serão ajustados à nossa realidade social.

A criação de empregos estáveis será uma prioridade

E os reajustes salariais não serão nunca mais em índice abaixo da inflação.

Educação Pública será priorizada e a previdência social será revista para corrigir as injustiças que foram criadas.

Do mesmo modo, a reforma trabalhista, que foi feita toda ela privilegiando o empregador.

As indicações para o STF obedecerão critérios puramente técnicos, e tomara que inclua nomes oriundos da Defensoria Pública. 

A transparência será a regra e os gastos com cartões corporativos serão melhor fiscalizados. 

Mas para que tudo isso aconteça, não basta votar no Lula para Presidente. É fundamental também eleger um Congresso Nacional renovado e com maioria de Deputados e Senadores da esquerda, com claro compromisso social e legítima representatividade. 

Aqueles parlamentares do "centrão" têm que ser banidos para sempre do nosso Parlamento, para que o novo governo não sofra nenhuma chantagem política e possa ter autonomia para propor políticas públicas, sociais, culturais, ambientais e econômicas que atendam ao interesse público nacional.

Por isso, nas próximas eleições, o sol deverá nascer vermelho, expressando uma vontade popular soberana de mudar a nossa atual realidade para melhor.

E vai ser no primeiro turno porque o povo brasileiro não aguenta mais tanta covardia, tantas mentiras, tanta Incompetência, tanta negligência, tanta injustiça, tanta violência, tantos xingamentos e tanta corrupção posta sob um sigilo de cem anos.

VOTO ÚTIL

Não tenho fome,

VOTO POR QUEM TEM !

Não tô desempregado,

VOTO POR QUEM TÁ !

Não recebo ajuda do governo 

VOTO POR QUEM PRECISA!

VOTO 13, VOTO L U L A !

O voto é individual, e SEU...

A obrigação de mandar o B*ls*naro embora no 1° turno é NOSSA!

DIGA SIM AO VOTO UTIL !

V  O  T  E    1  3  !

PODE SER DE SER REAL.

Não vou mais acreditar na velha história ?

Vou saborear lentamente as horas

Minhas horas, nossas horas

Me julgar? Quem vai rir (ou chorar) no final ?

Num lugar que voçê está

Quem vai andar lá fora

Pisa com seus pés e meus, os passos de agora

Rua afora..

Se a gente tropeçar num sorriso, e amar afinal

Pode ser real

Ser agora muito natural

Como o que nunca se soube

Mas que sempre se quis

Sem prever, sem supor

Sem pedir, sem impor

Acontecer e ser feliz

Acontecer, ser real

Ser natural

E cantar

E dançar

Vadiar

Caminhar

E gritar

Gargalhar

Afora o que é de dentro o que é de fora

Piora e já não é

O vento desloca pra dentro, 

Escorre da cabeça aos pés

A pele em colisão com o asfalto

Estar de cima e aterrissar o olhar

Já torna a vista cor dos fatos

O que você calça para caminhar?

História vestida e passado?

E se eu disser que não vou acreditar na velha história?

7 de setembro

 

Ontem, nas ruas o 7 de setembro foi de uma minoria branca, racista, violenta, com dinheiro, fama e poder.

Independência para quem? A fome? A carestia dos alimentos? O patriarcado? O desemprego? O desmatamento e às queimadas? A ofensa ao STF? Os assassinatos de indígenas? De mulheres? De pessoas LGBTQIAs+? De negros? O que eu vi nesse 7 de setembro é motivo para esquecer. 

Um desfile héteronormativo, do patriarcado, do pinto pequeno broxável sim, (tenho dúvida se brochável é com CH ou X, mas lixo tenho certeza de como se escreve)! Do  fundamentalismo religioso em ascensão. Do fascismo. 

O desfile das bancadas das armas do boi, da Bíblia e da bala não me surpreenderam em nada.

Nós não temos o financiamento que o neoliberalismo tem, e o fundamentalismo religioso tem, Infelizmente. 

Estou desanimado. Mas sou e serei resistência.

A DEMOCRACIA RESISTIRÁ!

NELE NUNCA!!

 

Não voto "Nele Não"

Pq sou negro cotista,

Sou filho da diarista,

Daquela cuja empregada,                                

que a carteira assinada

Vc queria negar.

Não voto "Nele Não",

Porque sou homoafetivo,

Filho do índio nativo,

Dono desse lugar,

Cujas terras demarcadas

Você reluta em tomar.

Não voto "Nele Não",

Porque sou mulher educada,

Não nasci de fraquejada,

E luto por igualdade,

E isso me engrandece.

Mas respeito e liberdade

não é coisa pra covarde,

Isso você desconhece.

Não voto "Nele Não",

Porque sou trabalhador,

Se sem direitos estou

É porque você contribuiu

Pra reforma trabalhista.

Assassinou o sindicato,

E o povo pagará o pato

Do modelo escravagista. 

Não voto "Nele Não",

Pq eu sou um retirante,

Filho de um imigrante,

Imitante de Jesus,

Que também por um instante,

foi um imigrante,

Pra cumprir com sua cruz.

Não voto "Nele Não" ,

Porque sou deficiente,

Sou humano, sou valente,

Mas tenho vergonha na cara.

Minha cadeira de rodas

Segue outra direção:

A do respeito, inclusão,

A direção bem contrária,

De sua farsa anunciada.

Não voto "Nele Não",

Porque eu sou a poesia,

Sou poeta sou folia,

Sou a cantiga de rodas.

Sou quilombo, sou favela,

Sou a pipa da janela,

Voando a favor do vento,

Caindo na plantação

De uma reforma agrária.

Sou a raça libertária,

Sou alegria perene,

Por isso não me condene!                                

Sua graça é temporária.

Nele não, 

NELE NUNCA!!

Tá chegando a hora

 

Tá chegando a hora    

O amor vencerá

Tentaram em vão unir milícias e forças armadas. 

Não parece que vai dar certo.

Depois tentaram sequestrar Deus e a bandeira. 

Nem assim tinham certeza  da vitória do nazismo. 

Precisavam sequestrar as urnas e mais uma vez estão perdendo.

Numa última tentativa tentam o cheque-mate com o sequestro da verdade. É uma luta do momento.

As únicas vitórias certas até agora neste xadrez parecem ser o cheque da Michele e mate do bolsonarismo.

Toda e qualquer dessas vitórias parecem ser parciais porque no dia 02 de outubro o povo vai festejar a vitória da democracia. Uma vitória definitiva sobre a ignorância, cultura da morte e injustiça social. A vitória sobre a imbecilidade!

Espero que os aceite.

Tem palavras, versos que ficam em nossa  vida constante, ficamos em silêncio tentando absorver a poesia.

Fazemos festas por coisas que pelo olhar dos outros é pequena, mas enorme pro nosso coração, pois só ele sabe o tamanho.

Sabemos o valor de nossos passos. 

Reconhecemos  a importância do não vivido, e é o que nos ajuda a levantar todos os dias. 

Subimos muitos degraus, e continuamos a caminhada. Os verdes ainda não maduros, nos fazem acreditar que há um mundo a ser caminhado.

É linda a transição do verdejar ao maturar, quando feita por nós mesmos.

Somos felizes pelo o que ainda procuramos, que graça haveria se já tivéssemos visto tudo, saber tudo, dominar tudo e não ter mais nada a buscar, a aprender?

Bem-vindas as palavras que não descobrimos, os laços que não criamos,  e os novos encontros com a mesma pessoa.

Agradeço ao que virá, bendito as coisas que não sei, são elas que me fazem perguntar, questionar e procurar.

Quero muita vida, quero descobrir, conhecer muitas palavras, escrever muitas crônicas, muitos versos, e muito tempo para criar, conhecer, pensar.

Quero o que dizem que nunca virá... até o dia que venha!

Aqueles versos meus, são seus.

Espero que os aceite.

PRA GENTE ACORDAR!

 

Durmo como vivo, 

Os sonhos 

                 são os mesmos,  

Alguns sonhos 

                 são ruíns, 

Desses que Incluem   

                 assassinatos, 

Pessoas (e animais)

                 famintas,

Sedentas pelas ruas,

Sobre as 

                 calçadas,

Embaixo das

                 marquises, 

Alguns nem encontram marquises, 

Ficam sob

                 chuvas,  

                 expostos 

                 a frio. 

Acordo e esse sonho se materializa bem na minha frente!

Introversão excessiva

 

Mergulhando em universos alheios

Numa busca de si mesmo

Fugindo

Solidão com preenchimento

Ilusório, temporário

Num mergulho, numa intensidade

Marcas, feridas, rastros

Onde estará minha alma perdida dela mesma

Pelo céu e inferno à mil por hora

Ou numa estagnação atemporal

Coração corrompido

Atropelado

Vida oca

Espírito cansado, velho

Freneticamente perdido

Um reencontro aleatório

Dias de luz no ofício 

O isso 

O ócio

Uma imensidão escura por dentro

O farol do discernimento, disfarçado, escondido

Personas, sombras

Numa  proteção de aço

Esconderijo de magoas, ressentimentos

Flutuantes

Que nunca desiste de aspirar pela conexão

Segue livre, por ele mesmo

Na espera da terra e da carne para se fixar

E assim poder transcender todas

Para poder encontrar o verdadeiro sentido

Unificação

Sublime

Perfeita

Além de todo e qualquer entendimento humano limitado

Neste dia, todas as buscas, perguntas e respostas vão se sobrepor

Eu e você

Dois corpos, tendo só um coração.

O humano, o Criador, e a Criatura.