quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Q U AL É O SEU Q I ???



Um sujeito entra num boteco novinho, todo hi-tech, e pede uma bebidinha..
O barman é um robô, que serve um cocktail perfeito e pergunta:
- Qual é o seu QI?
O homem responde:
- Uns 150.
Então o robô inicia uma conversa sobre aquecimento global,
espiritualidade universal, física quântica, interdependência
ambiental, teoria das cordas, nanotecnologia, e por aí afora...

O cara ficou impressionado, e resolveu testar o robô.
Saiu,.... deu uma volta e retornou ao balcão.
Novamente o robô pergunta:
- Qual é o seu QI?
O homem responde:
- Deve ser uns 100.
Imediatamente o robô lhe serve um uisquinho e começa a falar, agora sobre futebol, fórmula 1, super-modelos, comidas favoritas, armas, corpo de mulher, e outros assuntos semelhantes.............

O sujeito ficou abismado. Sai do bar,.... para pensar.... e resolve
voltar e fazer mais um teste.
Novamente o robô lhe faz a pergunta:
- Qual é o seu QI?
O homem dá uma disfarçada e responde:
- Uns 20, eu acho!!!!!

Então o robô lhe serve um suco de 🍊, se inclina no balcão e diz pausadamente:
-E aí, nosso Mito  tá foda né?.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

LOUCOS POETAS.

Rudah, nas loucuras que a vida já me proporcionou, eu tive o juízo de viver todas elas. Aprendi que os sonhos são sempre possíveis, e que a felicidade é a razão consciente daquilo que toca o coração.

Rudah, todo poeta tem um pouco de louco, porque a normalidade não se atreve à inspiração. Viajar é preciso pra encontrar novos versos, Rudah, a poesia não se faz sem viver emoção.

Meus passos avançam em direção incerta, havendo sempre um motivo pra contramão.

A insurgência é um dom, assim como a palavra. Não existe poeta sem uma revolução.

SEJA BEM VINDO RUDAH.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

SINAIS DE ALERTA




Rudah,  acho melhor as pessoas começarem a se dar conta de que o PT não governa este país há cerca de 3 anos.
O que hoje nos ameaça com uma política neoliberal da mais cruel já aplicada em qualquer outro país do mundo é o governo atual, com proposta de Estado Mínimo e retirada de direitos sociais, jogando o povo brasileiro e os trabalhadores em geral para um profundo retrocesso social, seja pelas propostas de reforma da previdência social e trabalhista, seja pela limitação do valor do salário mínimo, seja pela ofensa ao nos chamar de ladrões, seja por assegurar proteção à casta privilegiada de servidores públicos dos Poderes Legislativo e Judiciário, Ministério Público e Forças Armadas, seja pela determinação do sigilo como regra, seja pelo ataque à estabilidade dos servidores públicos estatutários do Poder Executivo, seja pelo deboche, seja pelo cinismo, seja pela retórica, dentre tantas outras covardias contra nós, cidadão comum.
Melhor abrir os olhos para quem hoje é o nosso inimigo, porque se continuarmos, como coletividade, adotando posições e defendendo políticas públicas que agridem a nossa dignidade e a nós mesmos como pessoas, estaremos indo pela  estrada da irracionalidade, em que passamos a adorar aqueles que nos ofendem e que querem nos destruir e condenar e criticar aqueles que lutam pela nossa existência digna, consolidação e avanço social.
Fanatismo ou discurso fascista não são atitudes inteligentes e racionais, ao contrário, devemos abraçar a democracia, o Estado do Bem-estar Social, a liberdade, a cidadania e o respeito ao próximo e a nós mesmos.
O inimigo Rudah agrade ou não, jamais foi o PT. O inimigo de verdade nunca deixou o Poder. Ele funciona em rede, controla a mídia, finge transparência, finge honestidade, finge boa intenção, finge imparcialidade, finge representatividade, finge se importar, finge dizer a verdade.
É preciso sair da cegueira fundamentalista que tem dominado as opiniões pessoais e começar a abrir os olhos para a racionalidade que deve fundamentar os nossos argumentos.
A luta por nossos direitos está mais do que na hora de começar.
E não é luta para amadores.
É luta para quem tem coragem de enfrentar a ideologia do pensamento único, os donos do capital financeiro e uma corja a nos governar.
Então Rudah, enquanto  estivermos nessa situação, todo dia gritaremos:


L U L A    L I V R E !

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

CHORO DE HOMEM VELHO

As crianças, Rudah, Bernardo, Artur, Helena, Marianas, Henrico, e tantos outros passavam as férias lá, todos netos, uns sanguineos outros por afinidades, a maioria com vinculos de coração. A mangueira já crescida, dependurando cachos de manguinhas rosadas. Eram  daquelas bem pequenas de gosto, cheiro, doçura maior do que a de todas as outras frutas. E, para vergonha minha, nascera sozinha. Um dia olhei e já estava crescida, alguém jogara lá o caroço.
Tinha também um cachorro que nunca mordia ninguém.
Morava ali havia muitos anos. Era uma chácara pequena, casinha jeitosa, que as portas estavam sempre abertas, e as plantas foram crescendo à volta.
Bonita era as  flores logo na entrada, crescida assim sem cuidado, mistura de rosas e temperos e capins que sacudiam aos ventos, só para criar aquela belezura kitsch que eles chamavam de “Quintal do Céu”.
A horta já foi uma coisa minha. Eu e a mulher nos ocupavamos os dias naquele trabalho, que era quase uma brincadeira. Tinham um pequeno bananal que não exigia cuidados. O pessoal que comprava vinha pegar no pé, e o seu Garcides limpava mesmo quando não estavam lá. Dinheiro não dava, só banana, e bastante. Ah, tinha também uma parte de mata, onde eu falava pros netos que morava os Sacis, más a Mula sem Cabeça que também lá residia, mudou-se pra Brasília.
O demônio marrom da barragem varreu tudo, menos a casinha. Tudo tão distante do acidente, sete quilômetros. Em pé só a casa nua, como quando tinha sido construída, desenfeitada.
Era um milagre nenhum deles morrera  no lodo, e se arrepiava todo ao pensar nos netos. O que seria deles sem os netos que amavam cada frutinha nova, e que engoliam as antigas com o suco sujando a boca.
Olhou para trás dos trambolhos, dos galhos atrás da cozinha e até chorou. Chorou grosso, choro de homem velho, as lágrimas passando pelas rugas.
A mulher nem parecia comovida, orava de olhos fechados,  agarrara-se num cachecol de tricô e tricotava sem parar. O trabalho que fazia se parecia com o desastre, não serviria para nada e se enrolava, inútil pelo chão da varanda.
Ela que gostava de cozinhar, não tinha como, é certo, mas o fogão estava lá, as panelas de ferro muito bem curtidas, as colheres de pau que o artista da cidade fizera eleshá muito tempo dependuradas na parede.
Não conseguia entender. Quase todos mortos, e o socador de alho lá firme, como se nada houvesse acontecido. Balançou a cabeça para sacudir esse tipo bobo de pensamento.
O riacho que corria tão limpo e onde as crianças brincavam o dia inteiro também se transformara em lodo. Parado, escuro, nem o rabinho de um lambari brincalhão, nem um bigode de bagre triste, as pedrinhas do fundo, os gritos das crianças cascalhando. As coisas nunca mais seriam as mesmas, nunca. Não havia mais tempo, pelo menos para eles.
Ouviu o barulho do helicóptero, bonito, parecia uma borboleta zoando, zoando. Tudo mudara, sentia saudade dos netos, mas mais ainda da água espelhada, cheirosa, água de Deus. Voltou as costas para o riozinho com o ingá ainda pendurado e foi andando em direção à mulher e seu cachecol que parecia a lama se desenrolando em ondas.                  
Hoje  é só um retrato na parede da memória, e como doí!