domingo, 31 de maio de 2020

Existem três tipos de bolsonaristas:



Existem três tipos de bolsonaristas:

1) O ignorante;
2) O canalha;
3) O ingênuo.

O ignorante é diferente do ingênuo. Não é um idiota, mas sua educação não lhe permite enxergar o malefício representado pelo capitão e sua quadrilha.

O ignorante é o alvo principal da indústria de fake news e do Gabinete do Ódio. O ignorante é levado a crer que Bolsonaro é honesto, que é fundamental desmatar a Amazônia, que a "Reforma" da Previdência foi benéfica ao trabalhador, que Flavio Bolsonaro enriqueceu de forma lícita e que as piores mazelas nacionais são culpa do "comunismo".

O canalha, ao contrário, normalmente sabe discernir o que é falso e o que é verdadeiro no fluxo de fake news. Ele separa o que lhe interessa e repassa, mesmo ciente de que seja uma mentira. O objetivo é caluniar, difamar e enfraquecer o adversário. O canalha tem diversas motivações. Alguns pretendem enriquecer no fascismo, alguns se esforçam por manter ou recuperar privilégios, alguns são racistas, alguns são machistas, alguns são homofóbicos, alguns odeiam a diferença, alguns acreditam em supremacias genéticas, alguns simplesmente sentem prazer na dor alheia. E muitos reúnem dois ou mais desses defeitos. 

O ingênuo é diferente do idiota porque seu problema não é propriamente a falta de informação ou a educação distorcida. Ele pode ter diploma e ofício digno. O ingênuo, no entanto, está enjaulado num idealismo reacionário, sem base na realidade. Ele acredita em medidas de força, em soluções fáceis para problemas complexos, na meritocracia propagandeada pelo capital, na história oficial dos "vencedores", na cloroquina, nas virtudes da tutela militarista, nas supostas conspirações comunistas e na "boa índole" do presidente "simplão".

Um indivíduo pode ser, ao mesmo tempo, ignorante e ingênuo, combinando em doses iguais ou desiguais as razões da alienação. Mas pode ser uma coisa sem ser a outra. 

Os mais fanáticos e violentos bolsonaristas, no entanto, costumam fazer parte do grupo 2. O próprio Bolsonaro é um 2 autêntico, ainda que o número 1 seja fundamental na construção de sua personagem política.  O que eles teêm em comum?  

Todos são Filhos da Puta!

EU MANDO E VOCÊS OBEDECEM



ENQUANTO A DEMOCRACIA É  AMEAÇADA PELO GOVERNO, AS NOSSAS  INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS FICAM FAZENDO CARA DE PAISAGEM, MOSTRANDO  A IMATURIDADE E A FRAGILIDADE DE TODAS ELAS, REVELANDO UMA FALTA DE CORAGEM E UMA DEBILIDADE COGNITIVA EM COMPREENDER OS SINAIS DE GRAVIDADE E URGÊNCIA DO MOMENTO.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESTÁ MILITARIZANDO TODA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL, COMO ESTRATÉGIA DE PODER, COMPRANDO ESSES MILITARES COM O OFERECIMENTO DE CARGOS PÚBLICOS COMISSIONADOS, ESTABELECENDO UMA ADMINISTRAÇÃO INCOMPETENTE E DE FORÇA, PRONTA A GARANTIR E ASSEGURAR O CONSTRANGIMENTO E O ASSÉDIO MORAL AOS SEUS GOVERNADOS, IMPONDO UMA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CUJA FINALIDADE NÃO É O INTERESSE PÚBLICO E O BEM COMUM DE TODOS, MAS O INTERESSE PRIVADO DO PRÓPRIO PRESIDENTE EM CONTROLAR A FERRO E FOGO TODA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, APONTAR OS SERVIDORES PÚBLICOS CONCURSADOS COMO INIMIGOS E, DESSE MODO, DESMORALIZAR OS SERVIÇOS PÚBLICOS E AS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS, PROMOVENDO UMA GUERRA CONTRA A RAZÃO E UMA EXALTAÇÃO À BARBÁRIE. 
QUANDO O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DIZ "EU SOU A CONSTITUIÇÃO", ELE ESTÁ SE COLOCANDO COMO UM DITADOR. QUANDO O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DIZ "EU TENHO AS ARMAS DA DEMOCRACIA", ELE ESTÁ  DIZENDO QUE OS MILITARES ARMADOS ESTÃO NAS SUAS MÃOS PRONTOS PARA IMPOR A DEMOCRACIA DO "EU MANDO E VOCÊS OBEDECEM". QUANDO O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DIZ, EM PLENA CRISE GLOBAL DE SAÚDE PROVOCADA PELA PANDEMIA CAUSADA CORONAVÍRUS, QUE A SUA PRIORIDADE NESTE MOMENTO É CRIAR AS CONDIÇÕES PARA ARMAR TODA A POPULAÇÃO, O QUE ELE ESTÁ, DE FATO, DIZENDO É QUE ELE PRETENDE CRIAR UMA FORÇA PARAMILITAR DISPOSTA A DEFENDER O SEU GOVERNO, CUSTE O QUE CUSTAR. ISTO É O FASCISMO EM MOVIMENTO, CRESCENDO SEM A RESISTÊNCIA NECESSÁRIA AO SEU ENFRENTAMENTO E ELIMINAÇÃO. 
A POSTURA DOS PRESIDENTES DA CÂMARA FEDERAL E DO CONGRESSO NACIONAL, DIANTE DESSE DISCURSO AUTORITÁRIO E BELIGERANTE, É PATÉTICA, REVELANDO SUAS FRAQUEZAS E COVARDIAS, FORTALECENDO, ASSIM,  O PODER DO FASCISMO. 
QUE NINGUÉM DIGA MAIS TARDE QUE NÃO SABIA.
ESTE GOVERNO PRETENDE A ANARQUIA E A DESTRUIÇÃO DA DEMOCRACIA, ALÉM DA CRIAÇÃO DE UM ESTADO DO MAL-ESTAR SOCIAL.
COMEÇOU HOJE UM BASTA A TUDO ISSO, ESPERO!

sábado, 30 de maio de 2020

A hora é agora!




A música “Por quem os sinos dobram”, de Raul Seixas,
deve ser lembrada como parte do desafio de construir uma outra forma de convivência e de luta em meio à crise sanitária, econômica e política que estamos.
“Nunca se vence uma guerra lutando sozinho
Você sabe que a gente precisa entrar em contato
Com toda essa força contida e que vive guardada...”
Cantava Raul.

O romance “Por quem os sinos dobram” sobre a guerra civil espanhola e os dilemas da vida e da morte na luta contra o fascismo. Alguém já escreveu, não lembro quem “Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo”


A música de Raul Seixas serve como um bom começo de diálogo por uma forte unidade. Ela traduz um sentimento de solidariedade social e de empatia.

Nossa tarefa, embora isolados por uma responsabilidade coletiva, é cumprir o dever moral e político de enfrentar e derrubar o aliado número 1 do coronavírus no mundo. Os sinos não param de badalar.

Ele, Jair Bolsonaro, tem uma tática para ir em frente: ao criar polêmicas faz com que sua claque escolha entre o seu lado e o lado de seus “inimigos”. Quando confrontado pelas instituições, recua, mas no dia seguinte volta a insuflar os que o seguem.

A esquerda brasileira precisa enfrentar seus fantasmas e construir uma alternativa no interior dessa frente ampla democrática, que supere as derrotas do passado não só através de autocrítica, mas também na construção de um programa claramente desvinculado da conciliação de classes, uma nova identidade que permita romper o novo cenário de polarização da direita (de Moro, Witzel ou Dória) com a direita (de Bolsonaro).

“Por quem os sinos dobram”, em outra palavras “que morte está sendo anunciada pelos sinos?”, nos aponta o caminho. Que os sinos dobrem pelo governo Bolsonaro. A hora do Impeachment é agora!

sexta-feira, 29 de maio de 2020

C O N T I N U A



Que Me Continua.

Cheio? Me dilua.
Me conclua.
Me obstrua.
Me reconstrua.
Me roa.
Me rua.
Me doa.
Evolua.

Você que me continua.

Me destrua.
Me distraia.
Distribua.
Subtraia.

Tô no céu? 
Me abençoe.
Me possua.
Me sue.
Me polua.

Você que me continua.

Me sacie.
Me atenue.
Me assobie.
Me tumultue.

Me alivie.
Me dê rua.
Me desvie.
Usufrua.

Você que me continua!
Se estou leve? Me leve?!

A P E S T E



A peste chega quando menos se espera. Sim, porque ninguém é maluco de esperar por ela. Pode entrar pela porta ou pela janela.

A peste pode brotar dos intestinos da terra, dos resquícios da guerra, do inferno provisório. Pode ser criada em laboratório, gestada, brotada, refeita. E o pior: a peste às vezes pode até ser eleita.

A peste machuca quando abre a boca. Assusta com sua voz rouca. Que não é das ruas, mas dos esgotos. A peste cospe sobre nós os perdigotos. É áspera, é dura, betume, cimento.

E causa tanto sofrimento.

Às vezes brincamos de zombar da morte, de jogar com a sorte, de inventar nova crença. E para dentro de casa trazemos a doença. O horror. Às vezes travestido de “Salvador”.

“Não nos deixem sós”.

Pobre de nós.

É quando votamos mal, votamos no mau do mal. Por ilusão, desilusão, assombração ou pela doentia procura de um igual.

É fácil fazer um teste e ver se está ou não contaminado com o vírus do profeta equivocado. Estuda a folha corrida do santo, antes de abraçar a peste em seu quebranto. O vírus da covardia é ocioso. Daí, o voto perigoso.

A peste passou por aqui (Não a peste do Camus). E aqui ficou. Sabemos que a desgraça no mundo inteiro se instalou. E o que menos importa é saber onde começou: na China, na Cochinchina? Em Singapura? Talvez nas entranhas da ditadura. Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe; mas assim nasceu a peste que nos cabe.

A peste infesta hospitais. Infecta ruas e carnavais. Sabemos que não vacinas. Morremos de abandono ou cloroquina. Morremos, ninguém socorre. Morremos em cada amigo que hoje morre. Morremos também de tristeza, do pão que não chega à mesa, da esperança regrada.

E a peste quer fazer do limão a limonada. Abre o curral e libera sua boiada, para gritar nas ruas, infiéis levando arrocho e suadouro. São bois a caminho do matadouro.

A esperança é a última que morre, embora a maioria dos esperançosos morra antes. Mas vamos botar fé na fé do Navegante, que a História poderá ser recontada. E rezar para a peste ir embora, para a vida retomar o seu caminho, para o amor imperar frente ao espinho, a noite abrir as asas para o sol, a coragem falar mais alto nesta hora, afastando o medo que tanto apavora, redobrando as forças para lutar.

Que juntamente com a pandemia seja varrida a arrogância, a petulância, a intolerância e essa podre megalomania. Deus nos livre da tirania, da febre, da tosse, da dor no peito, desse tonel de defeitos que um monstro malvado evacuou sobre nós.

Pois aqui a peste chegou dobrada: uma que ninguém pediu; outra que foi encomendada.

domingo, 24 de maio de 2020

AOS AGRESSORES DOS MANIFESTANTES



Os apressados dizem que felicidade não é verbo, que é substantivo. Eu sei a diferença. Mas quero pensar que a felicidade é verbo. Principalmente, no momento em que vivo. E sei, também, que sou aquilo que penso.

Sou teimoso. Se pensarem isso, o problema não mais me pertence. Já aprendi que não devo deixar os outros decidirem sobre mim. Não lhes dou esse poder. Mesmo quando me magoam. Mesmo quando dizem inverdades ou quando partem parte de mim vão embora.

E, um dia desses, fui ofendido. Não entendi muito bem. Não há entendimento para essas coisas. A violência é uma "não-ação" humana. Por isso gosto de pensar que a felicidade é verbo. É ação.

Levanto cedo e limpo, de mim, as ofensas do dia anterior. E, também, as estranhas companhias do pensamento sem pensamento. Acordar é verbo. Despertar para o compromisso de prosseguir, também. Mesmo convivendo com a dor. O dia que o fez enfermeiro foi um dia de sonhos. O primeiro hospital. A primeira oportunidade de amainar a dor. De roubar um riso da escuridão da ausência de esperança. Chamar pelo nome cada paciente. Pisar com calma no seu frágil território. Ninguém quer adoecer, mas adoecemos. Ninguém quer receber uma notícia triste, mas recebemos.

Consola famílias inconsoláveis. Ouve relatos repetidos de dias felizes que ficaram guardados na memória. Vê silêncios e compreende. E é desse verbo cuidar que o põe a expandir a alma.

Volta cansado para casa, mas repleto de nomes, de histórias, de possibilidades. E descansa do dia agradecido por sua escolha. Mas esses dias têm sido mais difíceis. As famílias não podem amar os seus entes amados, porque o vírus é caprichoso. Chegou em silêncio e bagunçou o mundo. Os que se despedem do mundo vão sem despedidas. E alguns não tiveram tempo nem espaço para receber cuidados nos dias finais. Poderiam ter permanecido por mais tempo.

Há verbos que vejo sendo conjugados à exaustão. Agredir, desrespeitar, desconsiderar, não amar. Sim, prefiro falar sobre a ausência do amor a exaltar a presença do ódio. Porque os que não amam conjugam o verbo ignorar. Ignorar que a felicidade está na ação. Na ação correta de cuidar de alguém, de fazer parte da engrenagem da bondade que perfuma o mundo, de conhecer e respeitar a ciência e a consciência de que somos humanos.

Tem ficado assustado com o que vê. Onde foi que nos perdemos? Eu sou cuidador de vidas, já disse. Mas sei que a vida que vivo, hoje, me faz descrente da humanidade. É isso que temo. O verbo desistir vai contra todas as minhas crenças. Mas ser agredido por cuidar de vidas é impensável.

Transformaram uma doença em um embate político. Políticos decidem sobre medicamentos e não os que estudaram pra isso. Mentir virou o verbo da moda. Espalham notícias incorretas. Acreditam no que querem. Imaginava que mito fosse uma palavra usada para os conhecimentos de antigamente ou para histórias que trouxessem verdades com delicadezas. Os mitos de hoje viraram paredes para deixar de ver o necessário. Nada de razão nas disputas, apenas disputas, e diz puta que pariu, que luta!

Felicidade é verbo, sim. Eu preciso acreditar nisso para não desistir do que dá sentido a minha vida. Vou colocar nas peneiras da paciência as sujeiras que vêm dessas pessoas que agridem e vou continuar fazendo a enfermagem do mundo em cada leito em que encontro alguém que, de mim, necessita. E, quando me aproximo, sei do poder que tenho de abrir as janelas de um dia bom, de acalmar as confusões que o isolamento traz, de dizer que amar é o mais lindo dos verbos.

Foi bom escrever. Assim converso comigo e me destravo dos desânimos. Daqui a pouco, vou para o hospital, vestido do que tenho de melhor. Do que há em mim e do que aprendo, quando conjugo verbos corretos. Vou fazer felizes os que cruzam meu caminho. E jamais vou deixar os infelizes me ditarem o rumo.

Entendem por que é verbo?

PORTE DE ALMA




Tenho vontade de rever o que não vi,
De reviver o que não vivi,
Refazer o que não fiz,
De retornar onde nunca fui,
Esses dias cinzentos, frios de outono,
O meio do ano,
Me deixa nostálgico,
Letárgico,
Apático,
Trágico,                                        

Quero o sonho, a fantasia

Quero o amor, e a poesia

Quero cantar, quero companhia

Eu quero sempre a utopia

O homem tem de ser comunhão

A vida tem de ser comunhão

O mundo tem de ser comunhão

Tem que ser alegria.

Pode vir

Tenho coração 

Te espero

Tenho porte de alma!

R E U N I Ã O M I N I S T É R I A L




A reunião ministerial divulgada mostra claramente os inimigos principais que eles elegeram:
1 _ os povos do campo, camponeses, quilombolas e indígenas "passar a boiada"
2_ os servidores públicos"botar uma granada no bolso"
3 _ as pequenas empresas "não compensa dar dinheiro para elas"
4 _ os jornalistas "Não dar entrevistas"
5 - as pessoas que pensam na quarentena (nos) _ "Vamos armar todo mundo para matar quem eh contra a gente"
Elegeu também os que disputam a direção política no campo deles:
- o STF " botar na cadeia"
_ witzel  "estrume
doria - " bosta"
O prefeito de Manaus(psdb) " comunista"
Tem a China tambem" coloca espiaes no usa e também no Brasil"
Agora seus amigos:
Os latifundiários, grandes madeireiras e empresas de mineração 
Os bancos esses estão fora da intervenção
As empresas e comerciantes de armas
As milícias
As grandes empresas " compensa dar dinheiro para elas"

As frentes já estão potencialmente  constituídas mas para que elas derrotem o fascismo e não conciliem  com quem está por trás _ O grande capital financeiro _ eh necessário não uma frente dirigida pelos inimigos eventuais (doria, witzel  stf) mas pelas classes antagônicas fundamentais, em primeiro lugar, o proletariado.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Outono no Quintal do Céu


O Quintal do Céu, quando o sol vai indo embora no fim do dia,   lá fica mais bonito. A lua fica tímida aguardando sua partida, e os pássaros começam a cantar.
No avarandado nos deitaremos na rede, ficaremos olhando os pirilampos, no seu zig zag incessante, não seu acende apaga incansável, como  se fossem as luzes que enfeitam as casas das cidades em época de comemoração, e um céu azulzinho, como é comum no meio do ano,  carregado de estrelas, que parece tocar o chão, e os peixinhos dourados daquele riacho que corre para o rio Indaiá, parecem que descansam, parecem que limpam as barbatanas, fazem cara de quem ama, e dormem.
Então fecharemos os olhos, não precisaremos dormir pra sonhar, e quando as aves, como em todo Outono fizerem algazarra, anunciando que o Sol está novamente vindo, iremos pra beira do rio com o peito aberto, com o coração no cio.

terça-feira, 19 de maio de 2020

PARTO


O silêncio foi se arredondando,

 cheio de formas e cúmplices.

O silêncio foi se alastrando feito,

tinta em papéis em branco.

Afastou as fronteiras.

Inocentou o tempo.

Abriu as pernas.

O silêncio preencheu de vazio das letras

que mal cabiam no espaço.

Eram imensas, duradouras.

Hoje, são incertezas ditas em tons de transparência.

O silêncio vestiu-se de homem. É ativo e transpira.

O silêncio é faminto.

Suga a água da vida que brota do peito onde

ele nasceu.

Invade os poros.

O silêncio projeta-se no alheio, nas fotografias.

Os ditongos, as rimas foram comidas por esse tal

do silêncio.

Ela não é covarde, franzina. Mal se sustenta nas

pernas.

O silêncio corta minhas asas e me recrimina.



Era uma vez o silêncio, Rudah.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

FRIO






   Hoje tem bolo e diz a previsão do tempo que vai esfriar. Eu vou te esperar pra gente assistir um filme debaixo das cobertas enquanto o mundo congela lá fora. 
  A gente pode dormir na sala, se você quiser. E eu posso te fazer carinho até a sua consciência fechar os olhos.
   Então venha. Prometo não implicar com os seus vícios e manias.  Se você quiser, posso te buscar. A gente pode cantar enquanto eu dirijo. E eu posso admitir que o meu armário precisa da sua ajuda tanto quanto eu.
   Já li todos os livros. Fotografei todos os detalhes da cidade. Escrevi tudo o que havia pra escrever. E já não há mais nada que eu queira fazer,... 
a não ser te ver chegar.​

(In)concretismo







AbsTRAI-SE do concreto.
Descasca as paredes, fura o teto.

            No teto, um céu de goteiras                   GOTEJA AQUARELA.
           O balde transforma em suco de frutas.

Da arte ela BEBE SEM FILTRO.
Sem filtração, sem FRUSTAÇÕES.





      ALGUEM VEM É
COBRE TUDO COM CIMENTO,


e pó.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Relicário de palavras esquecidas.





Solidariedade: s.f. Dependência mútua entre os homens. / Sentimento que leva os homens a se auxiliarem mutuamente. / Relação mútua entre coisas dependentes. / Jur. Compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas com as outras.

Dignidade: s.f. Qualidade de quem é digno; nobreza; respeitabilidade. / Cargo ou título de alta graduação. / Respeito que merece alguém ou alguma coisa: a dignidade da pessoa humana.

Compaixão: s.f. Sentimento de pesar que nos causam os males alheios; comiseração, piedade, dó.

(Dicionário Aurélio)

Existem Pessoas – que sentem as pernas fraquejar ao verem um outra alimentando-se de restos de lixo nas calçadas ; ao ver pessoas, seguramente com mais de 70 anos,  catando latas de alumínio nas lixeiras das esquinas, para conseguir pagar, quem sabe, o almoço do dia, pessoas em filas humilhantes nas Casas Lotéricas e cx.Econômica, muitas com mais de 60 anos, muitas senhoras com crianças. As pernas fraquejam como se fosse impossível prosseguir, seguir em frente.


Porém, para todos efeitos, fica aqui registrado esse pequeno relicário com algumas palavras esquecidas (por muitos), palavras que traduzem sentimentos e conceitos esquecidoso. Palavras que devem ser resgatadas do dos dicionários e trazidas de volta à vida. Que necessitam voltar a ser conceitos, sentimentos cheios de vida e verdade. Que precisam voltar a servir como baliza a nos orientar o rumo, a nos dar um sentido.

Você está sentindo falta de outras palavras nesse meu “relicário”. claro que sim. Faltou – e, dentre outras, por exemplo, as fundamentais palavras “fraternidade e empatia”. Mas essa você vai ter que, como exercício, buscar nas páginas de um dicionário qualquer. E, após resgatá-la, procure fazer um bom uso dela – antes que entre de vez em extinção.



terça-feira, 12 de maio de 2020

PEDIDO DE DESCULPAS







- Algumas pessoas me pediram para parar de me referir a alguns como "gado", dizendo que sou ofensivo quando chamo o "gado" de "gado", então, mesmo sabendo que o "gado" não gosta de ler, segue abaixo uma breve explicação sobre porque chamo o "gado" de "gado":

- "Gado" não são os que votaram no Bolsonaro. Estes são chamados de "eleitores do Bolsonaro".

- "Gado" não são os que não tem acesso a informação. Estes são chamados de "ignorantes".

- "Gado" não são pessoas que são contra o PT e as políticas adotadas até 2014. Estes são os "anti-petistas".

- "Gado" não são os trabalhadores, pais de família, indignados com a corrupção, com a baixa renda e pouca segurança. Estes são os "brasileiros comuns".

- "Gado" não são os que ponderam as opiniões com fontes e argumentos, abrindo margem para estarem errados. Estes são os "seres pensantes".


... Então quem são os "GADOS"?

- "Gado" são os que votaram no Bolsonaro, mesmo com acesso a informação, tendo assim a oportunidade de pensar criticamente em todos os absurdos anti-democratas que ele pregava.

- "Gado" são os que não entendem que o PT não inventou a corrupção, mas sim, se beneficiou do sistema junto com outros tantos partidos.

- "Gado" são os que fecham os olhos para toda canalhice que o Bolsonaro diz e faz, de modo a alimentar uma eterna rede de ódio e desinformação.

- "Gado" são aqueles que tem preguiça de checar as fontes e ler mais que a manchete e esquecem de questionar tudo.

- "Gado" são os que acham que o Bolsonaro entende mais de um vírus pandêmico do que todos os virologistas do mundo.

- "Gado" são os brancos que querem falar da dificuldade em ser preto. São os homens que querem dizer como uma mulher deve se portar. São os que acham que "bandido bom é bandido morto", mas depende do bandido.

- "Gado" são os que consideram inimigo qualquer um que discorde de suas loucuras, mesmo com argumentos/embasamento para isso.

- "Gado" são os que dizem que o dólar a quase R$6,00 é bom, mas quando estava R$2,50 era um absurdo.

- "Gado" são os que compartilham fake news genocidamente nocivas, como caixões vazios de uma materia de 2017, a mamadeira de piroca e vídeos do Olavo de Carvalho.

- "Gado" são os que acham que um líder pode se portar como um bigodudo de churrasco aos domingos em um discurso da ONU.

- "Gado" são os que batem continência para a bandeira dos EUA.

- "Gado" são os que estão indo para o abate, apoiando o frigorífico com a camisa da seleção brasileira e pedindo a volta do AI-5 ou de regimes totalitários.

Entre tantos outros tópicos, chamar o "gado" de "gado" deveria ser uma ofensa ao gado literal, e não ao idiota que segue essa doutrina "bolsonarista".

Por isso, peço desculpas ao gado de corte (não ao gado a favor do corte )."

sábado, 9 de maio de 2020

Quintal do Céu, Início




Ela foi chegando como quem chega sabendo o que quer. E foi dizendo dizeres que se atropelavam de tanta alegria. Eu desconfio da alegria. Sou precavido. No silêncio do mundo, me aquietei para contemplar aqueles olhos pidonchos. 

E lá vem a descrição de algum paraíso da natureza. De onde o sol se comove com os que se  abraçam e fica até quando o dia avisa que tem que partir. Falamos das águas e de banhos. Do ir e vir, e dos sons, de pássaros que rasgam os céus explicando para onde se deve olhar. E disse dos amigos que já emaranhavam desejos com planejamentos.
Parei. Pensei. E disse nada.

Eu quero. E não sou dos que espanam a esperança. Vou adiante. 
No mais, conto histórias e brinco com ela de enfeitar o mundo de bondades. E fomos aprendendo a não exigir mais. E a sorrir com nossas pequenas incursões. Os passeios são no parque, na praça, na casa de nossos vizinhos, na quermesse. 
Nós cultivamos os mais lindos sentimentos, que vivem onde estamos. Não precisamos de paraíso e temos o sol  também, mesmo que parta. E também água, e também pássaros que voam e nos fazem olhar para o alto. 

Vou escolher o jeito de dizer. Vou olhar para dentro dela e buscar aceitação. Ficaremos por aqui, no quintal das nossas precariedades, com um pomar cheio de presenças. Há muitos que resolvem as ausências com presentes. Prefiro estar perto. Sempre. Contando quanto falta para o plantio florescer. Arrancando as pragas que aparecem e celebrando a estação das chuvas. E rindo das histórias engraçadas das gentes que moram por aqui. Nós dois gostamos de observar. É um jeito amoroso de saber que cada um tem o seu espaço de presença no mundo. 

No dia em que eu me for, histórias de mãos juntas não faltarão.

As lembranças moram nos sentimentos, não nas coisas. Encoste a sua cabeça no meu ombro, vou te contar uma história..

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Dia das mães em 2020



Chegava em casa, minha mãe me esperava, um fogaréu de gentilezas para me aquecer e iluminar.  Quanta saudade eu sinto de minha mãe! E as surpresas. E os dias com sabor de comida de mãe. A conversa longa. Os beijos e abraços sem pressa. Hoje, tudo é apressado. Ou melhor, era, antes da pausa.

Na infância, eu, eufórico, acordava antes do sol para esperar as festas. Esta semana, acordei antes também, mas de tristeza. A tristeza sempre foi minha companheira, mesmo em dias felizes. Sempre tive conversas comigo sobre as dores da humanidade e as minhas próprias, sobre a finitude e as bestialidades que corroem as pessoas.

Sou dos que se emocionam, dos que choram sem outras preocupações a não ser a da sinceridade. Sou dos que reconhecem as cicatrizes tantas que as feridas foram deixando de herança. Na minha alma, elas convivem, e convivem com o perfume dos amigos que fui conquistando. No ano passado, eles estavam comigo. Cantavam comigo canções de gratidão e de esperança. Sempre gostei dessas palavras que me remetem ao passado e ao futuro. Mas tenho receio, também. De viver olhando para trás ou esperando demais o que de mim não depende. Sei que é o presente que me deve atenção. E no presente  quero eternizar o que é efêmero.

Sempre imaginei que o meu aniversário também seria o dia das mães., e me imaginei indo ficar com minha mãe, que há muitos dias se recuperava em um hospital, como as mães de muitos. Nos olhamos como sempre. Brinquei com ela dizendo que as dores do parto já deviam estar incomodando; no dia seguinte, eu iria nascer. Ela sorriu, disfarçando a sua dor. Ela pediu que eu deitasse com ela. Eu sorri. Disse que não era possível. Ela explicou que, se eu estava dentro dela, poderia deitar. Tempos estranhos estes em que nem beijos singelos podemos dar. Brinquei com os seus cabelos, e esperei que ela adormecesse para partir. O Rudah, seu bisneto, que as vezes ela chama de Curumin, ficou com ela.

Na madrugada, eu estava com insônia. Não sou o único a sofrer nessa pausa. As cidades e suas ruas sem ninguém. As escolas, onde os futuros se abrem, sem ninguém. Mas ali estava eu, recebendo o meu aniversário em silêncio. O dia seria como todo dia. Gosto do dia com sabor de todo dia. Mas quando os que amamos podemos abraçar.

Nada de abraços. Nada de encontros desinteressados. A boniteza da amizade está na ausência de interesses. Nada de conversar com proximidade. As máquinas, que a humanidade inventou, estão sendo úteis.  Nos vemos ao longe. Enquanto minha mãe está no hospital, sendo cuidada por outras mães, desvalorizadas, agredidas, vilipendiadas pelos os desprovidos de empatia, passa o telefone pra ela. Então, na chamada, aparece o nome da minha mãe. Choro e rio.  E o dia melhora. Os vazios persistem e o dia piora. As lembranças ocupam bom espaço e  no ano que vem, minha mãe estará comigo em casa, e as mães que cuidam de outras mães, sendo respeitadas, estejam juntas aos seus filhos.

Uma das mães que que  cuidam de outras mães, me pergunta, o que estou pensando? Digo a ela: As mães quando os filhos ou netos estão internados, gostariam de os recolher para dentro do ventre e não os deixarem sair.  
Nos olhamos cúmplíces e em nossas faces, os olhos eram rios.  
FELIZ DIA DAS MÃES !

Dona Maria,




Dona Maria, nome fictício, 54 anos, mostra as mãos calejadas de trabalho. Do dia para noite, viu a renda de diarista zerar. Preocupada em comer?

“Comida a gente consegue um dia ou outro, minha preocupação é o aluguel. O dono da casa que eu moro depende desse dinheiro para comprar o remédio controlado dele", diz.

É de “Donas Marias”, que padecem na fila de um auxílio que de emergencial não tem nada, que o Brasil é feito.

O vírus trouxe o medo no mundo todo e aqui retirou o curativo de várias feridas abertas, expondo o puz de um país desigual, com renda para poucos, ia dar nisso...

A covid-19 mostrou que o desemprego é muito maior do que os mostrados pelo IBGE. Sem gente na rua, os informais também passam fome. O auxílio emergencial, que vem para “socorrer”, não socorre.

No meio do caminho, se encontra a exclusão digital e uma Educação sem qualidade, que faz milhares de brasileiros não saberem usar aplicativo para receber R$ 600.

Quando o mundo todo gripa por isolamento, as aglomerações em frente às agências da Caixa Econômica parecem destoar, mas é ali que se encontra a cara do brasileiro, o retrato de um país doente há muito tempo.


Quem fica na fila é por desespero... Não conseguiu usar o aplicativo, não tem emprego fixo, não pode adoecer! 

Muitas mulheres, arrimos de família, que precisam carregar seus filhos para as filas gigantes... Sob sol e chuva... Já pensou no desespero delas?

Não adianta nada só pensar, imaginar! Tem que enxergar a ferida e o puz, e todas as mazelas por falta de políticas públicas, subtuídas por políticas de governantes e não de governo. E adivinha quem sempre paga? Quem morre no final? 

Todo mundo pode estar no mesmo barco para atravessar a tempestade. O grande problema, é que essa barca é uma furada, remendada há décadas!

E nesse barco, Rudah eu tenho certeza... São poucos que estão na primeira classe. O restante sobrevive, infelizmente, no porão.  
E como vai você? Assim como eu, nesse barco furado, remando contra a maré?

domingo, 3 de maio de 2020

HOJE, AGORA, IMEDIATAMENTE.



SERÁ QUE, FINALMENTE HOJE, VOCÊ JÁ CONSEGUE TER NOÇÃO DA REALIDADE E PERCEBER O QUE SIGNIFICOU O SEU VOTO EM UM CANDIDATO QUE EXALTA DITADOR E DITADURA, TORTURADOR E TORTURA,
POPULAÇÃO ARMADA E VIOLÊNCIA, E QUE MENOSPREZA A CIÊNCIA E A ARTE, DESPREZA A INTELIGÊNCIA E A RAZÃO, OFENDE SERVIDORES PÚBLICOS E TRABALHADORES, HUMILHA APOSENTADOS E MINORIAS, E QUE FAZ DA MENTIRA E DO CINISMO AS SUAS BASES DISCURSIVAS, DISTORCENDO A REALIDADE DOS FATOS E PROMOVENDO O ÓDIO COMO POLÍTICA DE ESTADO?
ISTO TEM NOME: "FASCISMO!

E ISTO TEM QUE PARAR!
HOJE, AGORA, IMEDIATAMENTE.

AS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS PRECISAM SUPERAR SUAS COVARDIAS E OMISSÕES E AGIR URGENTEMENTE PARA SALVAR A DEMOCRACIA, A REPÚBLICA E O ESTADO DE DIREITO.
AQUELES QUE APOIAM ESTE GOVERNO AGRIDEM PROFISSIONAIS DA SAÚDE QUE ESTÃO SE MATANDO PARA SALVAR VIDAS NESTE AMBIENTE DE PANDEMIA, AGRIDEM PROFISSIONAIS DA IMPRENSA EXERCENDO O SEU OFÍCIO, AGRIDEM O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, O CONGRESSO  NACIONAL E AGRIDEM AQUELES QUE PENSAM DIFERENTE, UTILIZANDO, AINDA, UM VOCABULÁRIO CHULO, FAZENDO DA BELIGERÂNCIA UM MODO DE SUA EXISTÊNCIA.
SÃO TODOS FASCISTAS POR CONVICÇÃO.

E O PARADOXO DA TOLERÂNCIA SE REVELA EXATAMENTE NO PRINCÍPIO DE QUE ALGUMAS COISAS NÃO PODEMOS TOLERAR, SENDO O FASCISMO E A TORTURA ALGUMAS DELAS.
O FASCISMO TRAZ A VIOLÊNCIA PARA A POLÍTICA, INCREMENTANDO A "ANTIPOLÍTICA", O QUE NAO PODEMOS ADMITIR, O QUE EXIGE CORTAR O MAL PELA RAIZ, SABENDO QUE A RAIZ JÁ  ESTÁ BEM CRESCIDA.

O que a máscara me mostra



O que a máscara me mostra

Rudah, hoje não resisti e fui ao supermercado. Fui recepcionado com uma borrifada de álcool gel nas mãos, antes de me infiltrar pelos vários corredores onde se encontravam outros mascarados como eu.
Quem diria Rudah? Sorri por baixo de um pedaço de pano branco. Quem diria que nossas faces, algum dia, seriam representadas apenas pelos olhos? Quem seria capaz de apostar que chegaríamos ao ponto de ter que decodificar o sorriso (ou o mau humor) das pessoas que encontramos por aí, através dos olhares? 
Selecionando produtos e enchendo o carrinho de compras,  me dei conta das vantagens de usar máscara, além da prevenção ao coronavirus. 
Nunca fomos tão iguais, andando nos supermercados , nas ruas, em qualquer lugar. O feio e o bonito, desapareceram por trás de um paninho mágico. De uma hora para outra ficou desnecessário e inconveniente usarem maquiagem, porque a única coisa que serão vista são os olhos que, por sensatez, dispensam a moda exagerada dos cílios postiços.
Rudah, um uniforme facial, independente da cor ou estampa, a máscara unificou as pessoas. E, ao mesmo tempo, induz a olhar para frente sem muito interesse no que ele ou ela estão vestindo ou calçando. Se é rico ou pobre, novo ou velho...a máscara encobriu estes aspectos da hierarquia social.
Tenho a impressão de que se num daqueles corredores houvesse alguém usando pijama e pantufas, ninguém acharia estranho desde que estivesse de máscara.
A máscara nos trouxe o sentido de igualdade que se apresenta no momento de vulnerabilidade. Todos podemos adoecer e morrer do mesmo jeito, e ainda que alguns achem que por serem mais jovens, fortes, terem passado atléticos, estão protegidos, não são capazes de se arriscar e os que se arriscam, estão equivocados, ou o cérebro está de férias, ou é inexistente ou seja caractérisco de uma espécie de Ruminantes . Pela primeira vez Rudah, os que  infringem a nova lei da normalidade não são considerados ousados ou revolucionários, mas sim desprovidos de inteligência.
Por muito tempo se ouvirá dizer que um vírus surgiu na Terra e tirou tudo do lugar. Mas eu prefiro pensar Rudah,que um dia na Terra, um simples pedaço de pano colocou o mundo inteiro no mesmo lugar.

Como se fosse a primavera




Calada maneira
Você chega assim sorrindo
Como se fosse a primavera
Eu indo
De que modo sutil
Derramou em mim
As flores de abril
Pensando que eu era
Riso, nunca pranto
Como se fosse a primavera
Não sou 
No entanto, que espiritual
Você me dar uma rosa, virtual
De seu rosal principal

Você chega assim sorrindo
Como se fosse a primavera

E quando você chegar
Nem precisa interfonar
Mete a mão na maçaneta
E pode entrar!

sexta-feira, 1 de maio de 2020

ANIVERSÁRIO




Rudah comemorou aniversário.. Longe dos amiguinhos e sem poder realizar a festa que sonhou. O menino, que ama fazer aniversário, estava triste com o isolamento, mas sua mãe, teve uma
ideia para que o dia dele não passasse em branco!
Os dois foram a um Drive-Thru comprar um lanche. E, chegando lá, veio a surpresa: dentro de outros carros, familiares e amiguinhos estavam com bolas e cartazes, cantando aquele parabéns que ele merece... Tudo para animá-lo!
Rudah, emocionado com a demonstração de carinho, disse para sua mãe: “Tô com tanta saudade de abraçar as pessoas!”
Calma, Rudah! O isolamento vai passar, o Coiso e os coisinhos(a) vão passar e a gente voltará a se abraçar! E esse dia, jamais você vai esquecer!