quarta-feira, 20 de maio de 2020

Outono no Quintal do Céu


O Quintal do Céu, quando o sol vai indo embora no fim do dia,   lá fica mais bonito. A lua fica tímida aguardando sua partida, e os pássaros começam a cantar.
No avarandado nos deitaremos na rede, ficaremos olhando os pirilampos, no seu zig zag incessante, não seu acende apaga incansável, como  se fossem as luzes que enfeitam as casas das cidades em época de comemoração, e um céu azulzinho, como é comum no meio do ano,  carregado de estrelas, que parece tocar o chão, e os peixinhos dourados daquele riacho que corre para o rio Indaiá, parecem que descansam, parecem que limpam as barbatanas, fazem cara de quem ama, e dormem.
Então fecharemos os olhos, não precisaremos dormir pra sonhar, e quando as aves, como em todo Outono fizerem algazarra, anunciando que o Sol está novamente vindo, iremos pra beira do rio com o peito aberto, com o coração no cio.

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