Depende
do juiz o fim do Tribunal de Kafka a que está sendo submetido o
preso político negro Jair de Seixas Rodrigues,membro da Fist.
Depois de
ser preso em várias manifestações, sem nada ter feito, além de protestar —
demonstrando o caráter intimidatório e racista da polícia, Baiano,
que nunca andou mascarado e jamais foi BlackBloc, encontrar-se-á preso por mais
de 60 dias até o dia da audiência, marcada para a próxima segunda-feira,16 de
dezembro, às 14h, o que é absolutamente ilegal.
Passou
Jair, como foi denunciado, por torturas, fato nunca negado pelo sistema
carcerário; pelo contrário, confirmado ao não cumprirem a ordem judicial de
exame
de corpo de delito expedida pelo juiz plantonista João Batista Damasceno.
Chegou o
militante da Fist a inclusive ser difamado de “maconhão” pela polícia.
Onde
está a quadrilha à qual é ligado? Será a Fist, que luta pelo sagrado direito de
moradia e sempre se posicionou contra os criminosos leilões do petróleo e gás,
que vêm destruindo a soberania nacional?
A
acusação também diz que não foi possível identificar o autor do coquetel
molotov atirado no carro da Polícia Militar. Se não foi possível identificar o
autor, por que mantê-lo preso? Ele foi preso em lugar distante, na mesma hora
do ocorrido contra a viatura da PM. Não tendo ele o dom da ‘bilocação’,
trata-se decrime impossível.
Tribunal
justo começa por presunção de inocência do réu; tribunal
de exceção, pela presunção de culpa.
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