quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

TEMPO RUÍM



Li outro dia a história de uma moça, que foi agredida no Centro do Rio, por ter sido confundida com uma mulher trans. Ela havia perdido os cabelos por conta da quimioterapia  que está se submetendo para curar um câncer.
Isso me lembrou a história da empregada que foi espancada num ponto de ônibus na Barra por ter sido confundida com uma prostituta. O que me lembrou dos irmãos gêmeos que foram massacrados por terem sido confundidos com amantes homossexuais (um deles morreu). O que me trouxe à memória o pai e o filho em São  Paulo, que apanharam muito por terem sido confundidos com um casal gay.


No Brasil rasteiro, pequeno e vulgar de hoje,  corremos o risco de sermos "confundidos" com "bichonas" e morrermos apedrejados por demostrarmos afeto, respeito solidariedade. 


(O primeiro que disser "Não é bem assim" ganha um ingresso para a próxima palestra do Olavo de Carvalho, ou do Alexandre Frota.)

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