domingo, 6 de agosto de 2023

É trágico? É cômico?

 



Um hacker se reuniu com militares no Ministério da Defesa para ajudá-los a montar uma estratégia para provar que as urnas eletrônicas eram violáveis. Os militares no governo Bolsonaro ganham cada vez contornos mais vergonhosos, sem que o ministério da Defesa assuma punição ao comportamentos desonrosos, não há o mesmo rigor que  quando regulamentos são descumpridos.                                                         

O Coronel Mauro Cid é ilustrativo. Cada dia aparece noticias mais desmoralizantes, agora a venda do Rolex "enfeitado" com diamantes. Anteriormente, o escândalo das joias recebidas por B*ls*naro como presente de Estado, e que o então presidente da República tentou tomar posse, parecia ser insuperável!


O empenho em resgatar as joias que entraram no país de maneira legal - na mochila de um assessor ministerial - mostrava intenção de se apossar delas. Até um avião da FAB foi enviado para São Paulo com um assessor para pressionar a Receita a liberá-las. Negociar a venda do Rolex ...Vergonha alheia? Não é vergonha mesmo de ser brasileiro diante de um comportamento tão sujo, inescrupuloso, escrachado de um militar de alta Patente, assessor de um presidente da República.   


As voltas que o mundo dá: Bolsonaro, que passou a campanha inteira chamando Lula de “descondenado”, acusando quem criticava a Lava-Jato, e tendo como conselheiro o ex-juiz Sérgio Moro, no governo ajudara a acabar com o combate à corrupção para proteger os seus, levando Moro a se demitir. Derrotado por Lula, Bolsonaro, ainda presidente, aproximou-se de Delgatti através da deputada Carla Zambelli.      

O elogiou por ter desmoralizado a Lava-Jato, e pediu sua ajuda para provar que as urnas eletrônicas eram vulneráveis. Mandou que o Coronel Câmara, um de seus assessores, levasse “o garoto” ao ministério da Defesa, que organizara uma comissão para ajudar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a superar dúvidas sobre as urnas. Na prática, desconfiava-se na ocasião e sabemos agora, a Comissão militar tinha o objetivo de provar a inviabilidade das urnas eletrônicas.              

Delgatti, aliou-se a Bolsonaro e ajudou o ministério da Defesa, segundo disse, a montar um documento com várias perguntas que questionava a inviolabilidade das urnas. O que dizer de um hacker condenado ter acesso a uma comissão especial do ministério da Defesa?


É trágico? É cômico?

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