Não tenho medo da morte.
Tenho medo quando uma coisa cai e quebra como porcelana, seja uma velha amizade, um novo amor ou o sentido e sentimentos.
Aí vem o vazio, pior que a morte, que não cola mais os cacos espalhados no chão.
Não tenho medo da morte.
Tenho medo da poesia inconclusa, da carta interrompida, do beijo suspenso, seja este poema – que nunca estará completo – seja a vida, esta obra sempre aberta...
Por que o medo então, se tudo é acidental e acidentado?
Por que não assumir de vez que este medo – que te paralisa na fila do banco, no amor –não é, no fundo, no fundo o medo da própria morte?
Talvez seja para não dar o braço a torcer a esta velha desmancha prazeres que corta os brotos antes das flores, ou, quando não, colhe as flores antes dos frutos – e as oferece ao Nada!
E eu?
Te espero!
Maravilha de texto!!!!! Parabéns!!!!
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