NÃO DESISTIR DE LUTAR

Rudah, há muito o que fazer e o tempo não parece ajudar.
A vida está  acelerada, as notícias não agradam.
Minhas forças não são mais as mesmas, mas o pensamento está  mais seguro e amadurecido.
Rudah, há muito ainda para aprender, e poucas coisas para ensinar.
As pedagogias que eu sigo são a do oprimido e do cuidado, porque reconheço as desigualdades e sei como é importante a prática da inclusão social  de todos e o combate à discriminação e a miséria.
Tudo está muito confuso.
O mundo esta fora do prumo, as pessoas estão se tornando violentas.
Há um estímulo à ignorância a apatia, a estupidez, a burrice e a paralisia.
Há uma alienação coletiva, uma banalização e entusiasmo com relação ao mal.
Estamos vivendo um momento de transformação social e moral da humanidade,
E tudo leva a crer que não é para melhor.
Por isso, tantos conflitos, tantos desinteresses, tanta solidão e tanto ataques às liberdades.
Há muito ainda para superar.
Ruas escuras pra encarar.
Não será fácil, tudo o que perdemos teremos que ir buscar.
Muita memória adormecida dentro de mim, de nós, e um esforço é preciso pra resgatar.
Há muitas mentiras, muito cinismo.
O que eu posso fazer, Rudah?
Não desistir de lutar!