(...e as horas se arrastam
desde que acordou o dia
uma criança chora faminta
esperando o meio-dia)
Anônimo.
Me tornaram Cristãofobico!
...e o relógio parece que para
são dez para o meio-dia
a fome eterniza-se aguda
nas barrigas da agonia
a criança chora enfraquecida
a mãe olha a panela vazia
o tempo não passa nunca
não chega o meio-dia
a fome devora fazendo eco
peristáltica melodia
a mãe procura em vão
o pai de sua cria
o menino não resiste
são dez para o meio-dia
a mãe derrama lágrimas
sobre o manto que encardia
jesus chora no céu
as dores que o homem cria
o pão que ele repartiu
não chega a quem devia
e no seu divino relógio
são dez para o meio-dia
em um leito sub humano
mais uma criança que morria
Nenhum comentário:
Postar um comentário