quinta-feira, 22 de julho de 2021

Sobre... vivendo

 



Era segunda, fim do dia claro. Eu lembro que pouco antes de adormecer, pensava em como mudar minha vida. Enquanto encarava meu mau humor com água e silêncio, refletia sobre o que passei ontem, pensando no que deixei fazê no final da semana. A tarde ia em boa hora, esticando meu passado, e a noite que tanto me faz bem chegava devagar. Tentei recordar dos sonhos malucos que tive durante um sono profundo, mas atordoado. Obra de um tranquilizante natural que venho usando. É difícil unir peças que não se encaixam, atar um nó de cordas curtas. Não  lembro, mas é válido qualquer esforço mental que vicie.

Fico aguardando o momento em que ela apareça, e vejo como são pequenos os ditos civilizados. Não é preciso ser tão visionário para entender que mesmo ausente, uma pessoa cuja defino aqui como minha parte é diferentemente exaltada. Porém irei enaltecê-la posteriormente.

Sou o filho pródigo, lunático, e acho sinceramente que nasci na melhor época possível.

Hoje em 2021, tempo em que alguns fogem do conhecimento, eu o busco com veemência. Por isso me diferencio e evoluo. Eu sei que cada um aprende de uma forma, no entanto é muito particular a minha busca incessante. Engraçado eu citar tempo. O que mais falta pra todo mundo e sobra pra mim. O tempo em que tudo está errado, mas continuo fazendo o que acho certo. Tenho uma filosofia de vida pessoal contestada, e porque não dizer esquecida. Assim a vejo, e assim ela é. Não reprimo meus desejos e também por isso sou criticado, contudo mentalmente saudável. É, eu assumo que essa cabeça não pára, só que o bastante para o louco aqui inexiste. Assim como máquinas não cessam o funcionamento, levo uma vitalidade regada e regida pelo autoconhecimento. Só permanece o presente na minha compreensão da realidade. E como tudo que segue, lá vou eu realmente acordar no chuveiro, e quando eu tinha 20 e poucos anos, antes de deixar a residência dos normais, para assistir uma aula capitalista numa faculdade fascista, falei com uma grande mulher e lhe contei tudo o que sentia, sem limites pré-estabelecidos. Falei do meu pacifismo estremecido e violentado, saí, e logo voltei para um novo dia velho, seja amanhã ou depois.

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