sexta-feira, 10 de março de 2023

Eu sonego sim!

A historia das joias, a cada dia ganha mais personagens, não tem nada de novo  em relação a Jair Bolsonaro e cúmplices, família incluída. Também não é surpresa que Flávio Bolsonaro, em investigações ainda longe de ser concluídas, diga que os objetos dados ao pai e à madrasta pela família real saudita eram itens “personalíssimos”, independentemente do valor. Para os Bolsonaros, a política sempre foi um meio personalíssimo de crescimento financeiro. O que espanta são as desculpas. E que elas continuem “colando” com setores do eleitorado, ainda que esse com suas aberrações cognitivas aceitam qualquer fala vinda de Jair, o fujão, e filhos.

O caso da Val do Açaí, (funcionária da casa de veraneio de Bolsonaro em Angra, era funcionária fantasma em seu gabinete; o auxílio-moradia que o então deputado Jair recebia tendo apartamento em Brasília; as “rachadinhas” com dezenas de familiares-fantasmas em todos os gabinetes da família; os cheques de Queiroz na conta de Michelle; a mansão de Flávio e a de Cristina, ex-mulher de Bolsonaro... São inúmeros os casos de apropriação “personalíssima” de dinheiro público pelos Bolsonaro, sempre com as explicações mais esdrúxulas possíveis, uma boa dose de vitimização e altas doses de imbecilidade por parte daqueles que, ignorando a realidade, ainda enchem a boca para dizer que, vejam só, o agora ex-presidente pode ter os defeitos que for, mas não é corrupto. Um caso de dissociação da realidade.

Bolsonaro encontra laranjas em quem despejar a culpa quando flagrado. Já foi o Queiroz, já foi a Val, já foram as ex-mulheres de Jair e, agora, periga sobrar para o MILITAR Bento Albuquerque, que aceitou, indica, servir de “avião, de mula” da muamba das Arábias para o chefe e a mulher. 

Em nome de que um almirante Bento Albuquerque — demitido por não atender às exigências eleitoreiras de Bolsonaro de meter a mão grande na Petrobras e ditar a política de preços dos combustíveis às vésperas da eleição — poderia estar disposto a se queimar (ainda mais) para proteger o casal? É espantoso.

Como o telhado da política-patrimonial da família Bolsonaro é de vidro não temperado, outro componente pela qual eles prosperaram até aqui é controlar os responsáveis pela fiscalização e tapar a luz do sol com omissão de dados, como os decretos de sigilo de cem anos e afins.

Como ele disse antes de ser eleito presidente: Eu sonego sim! Sinto muito, gado, você não foi enganado!!!!!

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