As mãos acariciando o corpo
Na cama grávida de lençóis perfumados
Sacodem o coração de um lado pra outro
Como areia na peneira nas mãos do pedreiro.
Pelos arrepiam e polos suam
A pele molda com o tesão de sexo
Mergulho dentro de sua ternura
Feito porco espinho frente ao perigo.
Meus olhos com a força de meus desejos, fecham
Ficamos cego, uma cegueira repleta de paisagens
Minha alma percorre a sua com malícias
Numa viagem ao país utópico de seu corpo.
E assim corpo a corpo em permissões
Amo-te tanto a alma, como a carne, como o sangue,
No abismo suave, e o tempo nos esquece
Eternidade que nos adota em seu segredo.
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