quarta-feira, 5 de junho de 2024

Eternidade que nos adota...

 




As mãos acariciando o corpo

Na cama grávida de lençóis perfumados

Sacodem o coração de um lado pra outro

Como areia na peneira nas mãos do pedreiro.


Pelos arrepiam e polos suam

A pele molda com o tesão de sexo

Mergulho dentro de sua ternura

Feito porco espinho frente ao perigo.


Meus olhos com a força de meus desejos, fecham

Ficamos cego, uma cegueira repleta de paisagens

Minha alma percorre a sua com malícias

Numa viagem ao país utópico de seu corpo.


E assim corpo a corpo em permissões

Amo-te tanto a alma, como a carne, como o sangue,

No abismo suave, e o tempo nos esquece

Eternidade que nos adota em seu segredo.

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