sábado, 11 de abril de 2020

PRA ONDE IREI.



Falta equipamento para o pessoal da saúde, a China não entregou material encomendado (o Trump tomou todo o material na marra), mais comércio fechado, mais comércio aberto, falta álcool em gel, tem álcool em gel falsificado, máscaras somem do mercado e costureiras vão improvisando e não faltam fake news para complicar mais ainda.

Carros voltam às ruas, filas, comunidades resistem sem água, esgoto, comida, confinamento, comércio ilegal, tiros e drogas. Estudantes de todos os níveis universitários sem aulas. Abre comércio, fecha o bazar, abre o restaurante, fecha a boca, distribui comida e detergente. Soltam os preso velhos, prendem os presos novos?

Liberaram a hidroxicloroquina. Antes, não. Mas vamos aplicar o remédio nos pacientes mais graves e os quase mais graves. Dá arritmia, mas, sei lá, tá dando quase certo. Fecham as fronteiras e as divisas estaduais. Abrem as divisas... Fecham os municípios mas, de carro particular, pode ir e vir. 

Idosos são quase criminosos. Jovens, não. E os "intermediários"? Trabalhem em casa. Pô, isso para quem tem casa e trabalho... Agora, as mais novas filas do país são dos  que estão com CPFs problemáticos. Sem o documento em dia, não recebem o auxílio de R$ 600. Como deixamos tudo pra bem depois... Igual à biometria do TRE.

Ih, lembrei que tem muita gente que nem tem certidão de nascimento. Lembrei da prova de vida dos aposentados (em época de morte). Caramba, quase esqueci da cerveja contaminada de Minas Gerais. E da água, suja, no Rio de Janeiro. Tomara que a safra de cana de açúcar, alegria dos engenhos, garanta a produção de álcool.

Ronaldinho Gaúcho ganhou recurso jurídico e está, com o mano Assis, em prisão domiciliar em hotel no Paraguai. Será que no hotel tem campo de futebol? Mas, futebol com apenas dois jogadores? Lá tem máscara para proteção? Eles já fizeram algum teste médico? Podem receber visitas? Tão com saudades do Brasil? Saudade?

Lembrei da Serra da Saudade, em Minas Gerais. Lá moram quase 800 habitantes, o município com menos habitantes do Brasil. Resolvi conferir e soube que a Covid-19 não chegou por lá. Nem tem caso suspeito. Mas o comércio e a escola tão fechados. Não há festas e nem aglomeração. Todos recolhidos, respeitando a ordem do prefeito. Gente do interior é obediente e ordeira. A cadeia, se é que tem por lá, deve estar cheia de teias de aranhas.

Juro que ainda vou lá conhecer a cidade, talvez more lá. Quero curtir o lugar, tirar fotos na beira do Rio Indaiá, afluente do Rio São Francisco, e postar as selfies. Tem  anos que não bebo. mas, lá faço questão de provar a cachaça, e o leite sem ser pasteurizado. Levarei os netos(as)e filhos (as), de sangue e, se possível, os postiços. Ah, lá tem wi-fi gratuito e os shoppings não chegaram. O céu é mais estrelado, ninguém precisa de filas e o posto de saúde tá funcionando. Eu confirmei tudo.  


Só falta eu escapar do vírus.

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