sábado, 25 de abril de 2020

T E M P O S C I N Z A S








Nuvens no meu ombro e você nervosa pede calma. 
Toco seus seios, seu coração?
Tire a luva para eu ler a sua mão.
E sua palma não tem linha.
Sonho. 
Estou incomodado, meu corpo estranho,
Como aquele governante.
Notando meu olhar em sua direção, vejo alguma salvação, é você  que vejo na colina. 

Na esquina às cegas despejo pragas que  o muro ecoa.
Economistas pedem calma.
Tua lisa mão e a minha, numa escada espiral, no alto o vento no varal balança a nossa alma.
E nesse sonho vou trocando as pernas, caio e me levanto noutro sonho.
Sonho que dá varanda atiramos pétalas, e a legião de imbecis rumina e se engalfinha.
Voamos alto, acima do topo dos edifícios, na verdade Liberdade, não tenho mais, aliás, nunca na vida fosses minha.   

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