A cidade estava em ruínas, vazia e sem vida.
Havia fumaça e um cheiro de sangue no ar.
O silêncio incomodava tanto, que era difícil segurar o choro.
Corpos desfigurados caídos no chão tornavam o ambiente assustador.
Impossível não entristecer nessa hora. Impossível não questionar a razão para tamanha barbárie.
A imagem que fica é a da estupidez humana.
Famílias destruídas por uma guerra que aqueles que a determinaram não foram para o campo de batalha, não puseram suas vidas em risco, não conheceram de perto a perda de um companheiro, não tiveram que matar ninguém.
Caminhar nesse cenário muda a gente.
A guerra é a falência do diálogo, o amor posto de lado, em favor da intolerância e do ódio.
Estamos neste mundo para compartilhar sentimentos, repartir mantimentos e agregar corações.
Estamos aqui por um breve momento, para construir relações e aproximar os povos.
Os horrores da guerra são uma manha na nossa jornada.
Somos humanos, e não podemos perder essa nossa humanidade.
Somos seres racionais, não podemos nos afastar dessa nossa racionalidade.
Somos seres interessantes, e não podemos nos desinteressar de nós mesmos.
A vida só é bela em tempos de paz.
Então, por que manchar nossas mãos com o sangue de alguém?
Sejamos mais contidos nas nossas reações às ações do outro.
Sejamos um pouco mais ponderados.
E quando o diálogo tornar-se insuportável, apenas se afaste ou mude de assunto. É Sempre possível construir uma ponte; só precisamos encontrar o lugar.
O mundo tem tantos lugares lindos! Lugares lindos também existem em nós.
Vamos seguir nesta vida construindo novos cenários,
Fazendo do amor e da amizade os pilares dessa construção;
Fazendo da compaixão e da solidariedade aquilo que nutre o nosso coração...
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