segunda-feira, 9 de novembro de 2020

PRESENTES


Fui conferir se a biografia da Rita Lee ainda estava no alto de uma prateleira, parei diante das obras do poeta Bráulio Bessa. E já ia embora, meio que extasiado por aquele mundo. Os livros têm essa magia de me conduzir  por muitas viagens, mesmo sem sair do lugar.

Estar numa livraria é sempre um momento mágico. Fico olhando aquelas prateleiras, com os livros separados por assuntos, e imaginando quantos mundos particulares eles representam. Para onde vai cada uma daquelas publicações tão diversas? 

Em que casas entram? Que pessoas atraem? Ao mesmo tempo, visualizo vários amigos em cada tema. Por instantes, é como se aquele lugar não estivesse mais separado por seções, mas pelo nome de quem eu conheço.

O livro é  vivo, é fascinante. Mas o mundo digital é uma realidade e veio para ficar. O livro pode ser “folheado” num e-book. A tecnolo-gia se entrelaçou ao universo das palavras.

Prefiro os físicos, comprei a coleção de guardanapos do poeta Fabrício Carpinejar, que havia visto em uma livraria física, bem antes desses tempos difíceis de máscaras. Aquelas poesias me encantaram logo no início: podem ser destacadas e viram presentes. Para mim mesmos, em primeiro lugar.  Todos os livros que comprei pra presentear, me apeguei tanto a eles, que não presenteei. 

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