quinta-feira, 23 de setembro de 2021

C A N A L H A

Cortei os fascistas da minha lista de relação, saí de grupos de WhatsApp e mostrei a mim mesmo que a coerência era imprescindível. Nos detalhes. Afinal, não é possível ser contra a barbárie e continuar tendo algum tipo de relação com os bárbaros. Temos que denunciar a conivência dos covardes, são cúmplices do desastre no qual o Brasil está.

Aos poucos, a palavra genocida passou a ser um substituto do nome desse canalha. Nos grupos, a maneira de qualificá-lo é, na maioria das vezes, de forma pejorativa e merecidamente depreciativa. Gostaria de escrever uma centena de nomes para poder definir o canalha, um pequeno dicionário para ser consultado quando formos nos referir a esse assassino.
Nada é tão ruim que não possa piorar. A tragédia continua com a destruição de todos os valores humanistas que incorporamos. Esse canalha governa para as trevas e leva, cada vez mais, o país para o caos. Desestruturou a Saúde, desmantelou a Cultura, desarranjou a Segurança e se apropriou até das nossas cores e símbolos. 
Corrupto que sempre foi, usou a sua absoluta falta de escrúpulos para instalar uma política de ódio, da mediocridade e da desumanidade. Saiu de cena o debate político para dar lugar a uma baixaria que dá asco e nojo.
A mentira é a arma oficial dos canalhas. Criaram um universo paralelo onde o que importa é a estratégia de manutenção do poder. Nenhuma preocupação com a realidade e com a verdadeira situação do povo brasileiro. Um discurso voltado para os milhões de cúmplices e a desfaçatez de arrombar os cofres públicos, a céu aberto, para a manutenção da quadrilha no comando. Um acinte diário, permanente e sem limites. O Brasil está sendo estuprado que acompanha perplexo o nosso dia a dia. E nós seguimos indignados com nossa resistência diária e nossa dor pelos que ficaram no caminho.
A fala do canalha na ONU foi um fecho de ouro para coroar a hipocrisia e celebrar a mentira. A humilhação a que o país foi submetido é apenas a continuação do que ocorre a todo instante com as mulheres, os negros, os desempregados, a comunidade LGBTQIA+ e os que perderam amigos e familiares na luta contra o obscurantismo. Pode parecer tarde, mas ainda é tempo. Vamos seguir resistindo. Só não podemos nos esquecer do nome do canalha, esse nome que, por profilaxia, acabamos não usando, preferindo sempre uma qualificação pejorativa: Bolsonaro. Esse é o chefe dos canalhas.

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