quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

QUANDO A ALMA DO CORPO SE DESPE


Hoje amanheci pela tarde bem tarde.

Todo torto.

Não consigo explicar.


Uma quinta-feira tipo segunda.

Tediosa feito papo de crente.

Chega a ser indecente essa preguiça de não saber aceitar

tristezas.


A vida pode ser dura.

Eu posso ser uma pedra.

E pronto.

Não estou pronto.


Uma batida de carro na esquina e eu acordo sem querer.


O que estou fazendo da vida?

O que estou com a vida?


Mal sei quem sou.

Banco velho de praça abandonada.

Poeira nos olhos das calçadas.

Nada me serve se a chuva cair.

Dormir para não sonhar.


Acho que estou perdendo a vontade de escrever.

A vontade de esquecer da poesia, acabou quando vi sua alma despida do corpo. 

Ponho no bolso mais um dia,... e saio para caminhar.

 

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