domingo, 28 de junho de 2020

Vem Ficar comigo, Vem correr perigo!




Como é bom ver novamente o mar! Como é bom sentir o infinito soprando minhas memórias!

Não gosto de me lembrar da explicação. Nem sempre o que é bom é agradável. E nem sempre o que é agradável é bom. Cumpri deveres que foram bons para ser quem fui. E bebi, erroneamente, o agradável.

Eu nada fiz. Só a imagem do beijo que me escondia o luar. Pelo menos ninguém se feriu, além de mim. Houve um muro entre os meus delírios. Bastava que eu desviasse um pouco. Não consegui.

E agora estou aqui, vendo o mar. E há um preenchimento bom nos meus sentimentos. Nos meus sentimentos bons.

Não sei quem escreveu que os sentimentos são maiores que as emoções. Nem sei se está certo. 
Caminho nos pensamentos, aos amigos que se revezaram em me entregar amor.

O mar está calmo hoje. Já vi ondas mais difíceis. Já enfrentei tempestades. Algumas reais e algumas imaginárias. O medo do sofrer antecipa o sofrer. O valor do instante. A compreensão dos instantes que se sucedem. As águas que vêm e que vão. Que beijam as areias e apagam as desnecessidades. E voltam à sua totalidade.

Gosto do cheiro de vida de hoje. É bom que eu saiba que sempre precisarei de alguém. Certamente, já precisava antes, mas não percebia. Se o bom e o agradável, por vezes, andam em trilhas diversas, hoje, resolveram ficar comigo.
Os sentimentos que tenho me trazem sorriso e me dizem que é agradável ver o mar e saber que estou limpo de emoções que não me fazem bem.

Como é bom ver, novamente, o mar. Mar amar a dor, se é dor, quero o mar dessa dor!

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