Nós passamos a ser ficção ao tentar racionalizar. Nós somos os que querem discutir literatura, os que se preocupam em usar máscara e fazer isolamento enquanto as festas clandestinas são regras. Somos aqueles que insistem em ler e escrever.
Nós estamos sendo engolidos por um universo medíocre onde o que se prioriza, no máximo, são os livros com resumos e “soluções” para concurso.
O pensamento médio no país hoje tem a profundidade dos bolsona- ristas e, por isso, a terra tem que ser mesmo plana. Precisamos refle- tir e mudar a abordagem no enfrentamento.
É impossível ceder mais.
Não podemos continuar com a tentativa de desmoralizá-los no confron o entre ciência e barbárie. Eles são soberbos e orgulhosos da ignorância. Temos que ter consciência de que a atuação deles é criado no gabinete do ódio, os ministérios paralelos, a instrumenta- lização das milícias, e das Forças Armadas.
O Brasil virou pária mundial, não somos aceito em boa parte do mundo, e mais do que excluídos, viramos chacota internacional.
A foto na capa de um jornal do Cristo Redentor respirando com auxílio de um tubo de oxigênio. Se o Cristo ficasse em Manaus, iria faltar oxigênio.
Ao apontar o óbvio, a matéria fala da impossibilidade de mudar o Brasil com esse presidente.
O governo fez a leitura que interessava aos seus seguidores e afirmou que o texto
jornalístico propõe eliminar, fisicamente, o presidente.
Vergonha alheia outra vez.
Ninguém responderá ao ódio desse grupo com ódio. Queremos tirá-lo sim, mas pelo impeachment, por uma responsabilização criminal ou pelo voto. Até lá, vamos fazer o enfrentamento com política institucional, muita poesia, e uma dose extra de solidariedade, empatia e coragem.
Como ensina Carlos Drummond de Andrade, no poema Os ombros suportam o mundo:
“Chegou um tempo em que não adianta morrer, Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A v i d a a p e n a s , s e m mistificação.”
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