quarta-feira, 11 de agosto de 2021

NÓS CANTANDO QUALQUER BOBAGEM.

 




Ficar insistindo em dizer ambigüidades baratas e clichês. Um tempo, minhas 25 horas. E para não ser tão atemporal, uma xícara de chá bem quente com açúcar. Mas por favor, não se esqueça de pensar em mim quanto for se deitar. Atemporal, sim. Meloso e atemporal. Nada mais inóspito do que sentimentos sentimentais demais.

Questões psíquicas me atingem de uma forma covarde, tenho vontade de te abraçar e nunca mais soltar. Falemos então só da nova banda de punk-rock-metal-melódico-anarquista. Pronto. E acaba o dia e teremos outra discussão de como será a melhor para ambos.


Tá, eu não consigo. Prefiro tentar abrir a boca e te contar de mim como se você fosse meu papel amassado e em branco. Fingir que você ainda não criou o seu mundo e fingir que eu sempre fiz parte dele. Futuro. Nós dois. Cebola, alho, Raul Seixas tocando, rosas. Sal, água, sal, água. Mas mesmo assim eu nunca vi o que você sempre vê. Entretanto meus óculos vermelhos nunca sairão da estante. Vou sempre pedir o seu isqueiro, vou sempre arrepiar os pêlos quando sua boca quente me tocar. Vou sempre imaginar você me abraçando na hora de dormir pra ver se o meu medo do escuro passa. Adoro carinhos, cartas, remetentes e o tom de sua voz. Ainda sonho, afinal, com o óleo, as panelas queimando com a cebola e o alho e a gente cantando um rock antigo no fundo do nosso quintal.

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