sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

A desnecessidade da vacina para criança

 A desnecessidade da vacina para criança


Quando estava imaginando o que é chamado de “novo normal” - o que não sei bem o que é, eis que estamos à beira do velho anormal. Ou será que o “novo normal” é essa volta às angústias sobressaltos?

O número crescente de novos casos de Covid me faz voltar a sentir essa estranha sensação de que estamos, novamente, perto de um colapso. E constato, de forma triste e desanimadora, que o governo fascista instalado continua a brincar com vida e a promover o culto à morte.

Nós que sofremos com o descaso sarcástico desse genocida, no pico da crise sanitária, temos que voltar a viver com a insensatez, com a ignorância e com a arrogância não só em relação a nova cepa, mas também no enfrentamento da ciência expondo a vida das crianças.

A fala do Presidente sobre a desnecessidade da vacina para criança e adolescentes, brincando com vida, é a representação do que ele significa. É bom que prestemos atenção nesse padrão de comportamento. Ele não desafia a ciência por desafiar, ele fala para um público que tem a cara dele. Nada é por acaso.

Foi eleito fazendo apologia à tortura, dizia abertamente que o Coronel Ustra era o seu herói; disse que preferia ter um filho morto do que ter um filho gay; ridicularizou as mulheres, os quilombolas e os negros, e todo  show de horror que choca qualquer pessoa minimamente civilizada. E essa foi e é a postura dele durante a vida a e foi o que mostrou nas eleições passadas.

Não se fez uma campanha tentando mostrar um homem com pensamentos humanitários. Ressaltaram o monstro que ele era e é. Para os milhões de seguidores dele, ou boa parte, esse é o perfil que deve ser seguido e admirado. É esse o recado que ele continua passando para tentar se reeleger. 

O ponto mais forte que ele mentiu, também como tática, foi suas ações no combate à corrupção, dizendo que ele e sua família não eram corruptos, ele desdenhou da realidade e construiu uma ponte com o ex-juiz que corrompeu o sistema de justiça. Sem escrúpulo, sem se corar, bateu no peito e falou o que as pessoas queriam ouvir.

Criticar a corrupção na campanha, mesmo tendo a corrupção como DNA familiar. No caso das rachadinhas,  eles nem acham que estavam usando indevida e criminosamente o dinheiro público. Não fazem  diferença entre o público e o privado. Essa é a essência do grupo que governa o Brasil. E se orgulham disso. Chegaram ao poder, é o que importa para eles.

O que devemos refletir, é sobre esse Brasil que ainda é bolsonarista. E quando falo bolsonarista, incluo também o Moro e terceiras vias. São da mesma orientação, possuem a mesma origem e falta de escrúpulos para atingir o poder. E principalmente para o que fazer com o poder.

Parece claro que uma parte considerável dos brasileiros cansou das barbáries, do descaso e da maneira chula e agressiva do Presidente.  Mas é necessário estar atento. Bolsonaro e Moro e outras vias, representam a mesma proposta.

Um levou a Presidência, com a ajuda do outro, e vestiu o figurino do homem simples e que fala diretamente com o povo. Exagerou na idiotice como estratégia por dois motivos: por acreditar que o brasileiro é mesmo idiota e por ser realmente idiota. Não conseguiu depois tirar a máscara pois ela era a realidade.

O outro agora quer ocupar o lugar daquele que ele ajudou a eleger. É a mesma proposta, só muda o figurino. No imaginário popular, só troca a farda pela toga. Nesse ponto, a “conja” estava certa ao dizer que o marido dela, Moro, e Bolsonaro eram a mesma pessoa. Eles se misturam e se merecem, mas nós não merecemos.



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