quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

SE FOSSEM OUTROS...

 


Como seria se os acampados fossem quilombolas descontentes com os destinos da Fundação Palmares?

O que aconteceria se, em protesto contra as queimadas na Amazônia e no Cerrado, os tupis, tapuias, tuxás ou os cariris, guajajaras, e outras etnias que ainda vivem no Brasil, atravessassem a rua para montar suas tendas em frente ao Q.G.? 

Seriam “amassados” pelas forças policiais. E sem a ordem do ministro Alexandre de Moraes.

O atual ministro da Defesa explica a parte visível da crise ou o apagão de autoridade e de comando. Ele mesmo teria parentes e amigos entre os acampados. É o lado elitista que dominava o cercadinho VIP da insensatez. Para usar um termo da moda, os interesses eram transversais, o que impedia ações concretas e imediatas contra a tentativa golpista.

Vi imagens em que policiais (brancos) fotografam e conversam com eles, os gados. vi também as fotos dos presos nas operações policiais dos dias 8 e 9. Não mais que três negros ou pardos, numa amostra de mais de cem pessoas. Por que tão poucos negros, se são mais da metade da população? O que significa esse embranquecimento? Será ele causa ou é efeito do radicalismo de extrema direita? Ou é um indício da supremacia branca, uma KuKusKlan tupiniquim? Isso explica as ações repressivas (ausentes de quem nos deveria proteger).

Ótimos temas de pesquisa para os historiadores!

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