domingo, 15 de dezembro de 2019

DE REPENTE





DE REPENTE


De repente,
Um raio rasga o céu
Numa noite escura
Fazendo a terra estremecer.
Vulcões voltam a ferver,
E um pânico se espalha
Entre nós.
Trovões assumem
O som das cidades,
E o mundo em chamas
Faz muita gente gritar.
Não há mais lugar seguro,
E a enorme quantidade de muros
É um obstáculo
Para quem tenta escapar.
Matamos a solidariedade,
Estrangulamos a coletividade,
E fizemos da individualidade
Uma crença, uma ambição.
Agora,
Estamos todos sozinhos
Procurando o ninho
Onde se refugiou a razão.

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