Que chegue logo o final
Afinal, desde 2019 todo dia é quarta feira de cinzas
Queria te encontrar de vez em quando
Estamos igual lagarta, triste, sem poder sair
A semente que com calma germina
Nos olhos envelhecem a menina
Envelhece, é a vida, acontece
É triste ter que vir
Coisa ruim pra nos unir
Árvores derramam flores pra ninguém
Tô zen
Como as crianças minhas mãos alcançam o céu
Quero tempo pra poder ser mais
Eu sei, que as estrelas não são iguais
Agora uma fresta de sol
No fim das contas
As areias da ampulheta, vão
As plantas, a gente, a chama
Febre intermitente
Você podia as vezes me telefonar,
Ou me mandar uma flor?
morte é quando a tragédia vira um costume
pra diferença da qual ninguém tá imune
ouvir alguém que nasceu num tapume
na escuridão que se percebe os vagalumes
todos os peixes sendo um cardume
E NADA, NADA, NADA
FICARÁ IMPUNE !
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