terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

ENTORPECIMENTO COGNITIVO.

 

O Ministro da Economia, ao lado do Presidente da República, disse que foi orientado por ele a "tirar o Estado do povo brasileiro", o que significa dizer desconstruir as políticas públicas de ordem social e entregar o Estado para as mãos do capital financeiro, promovendo ainda mais acúmulo de capital nas mãos dos mais ricos e retirando renda e direitos das mãos dos mais pobres, privatizando os serviços públicos sociais - tais como saúde e educação - e afastando o Estado de qualquer responsabilidade naquilo que diz respeito à proteção social. 

Trata-se da efetivação de im Estado Mínimo para os pobres, trabalhadores e servidores públicos civis do Poder Executivo da União, e Estado Máximo para as grandes corporações empresariais, instituições financeiras, latifundiários e uma casta de servidores públicos dos Poderes Legislativo e Judiciário, Ministério Público e Forças Armadas. 

Ao mesmo tempo, o Presidente da República e o Ministro da Economia  apresentaram aos novos Presidentes da Câmara Federal e do Senado 35 projetos que eles consideram prioritários para o governo, nenhuma delas sobre o fortalecimento do SUS, a valorização dos servidores públicos civis do Poder Executivo da União - que estão há 5 anos sem qualquer reajuste salarial -, a realização de concurso público para o Ministério da Saúde, o fortalecimento das Universidades Públicas e dos Institutos Federais de Pesquisa, ações efetivas visando o combate à pandemia pelo novo coronavírus, ou qualquer outro programa capaz de promover a diminuição das nossas desigualdades sociais. 

A não abertura regular de concursos públicos está deixando sem oportunidade de emprego milhares de profissionais recém formados em todas as áreas do conhecimento, contribuindo para o desemprego em massa dessa gente qualificada portadora de diploma de curso superior. 

Políticas econômicas neoliberais não têm nenhum compromisso com o desenvolvimento social, mas compromisso com o ganho de capital por aqueles que já o tem, em regra, com o sacrifício da classe média e dos pobres para o benefício dos ricos, dos milionários  que não trabalham e que vivem de especulação financeira.

Vivemos, assim, sob um governo que governa para a maldade, que ri da miséria e não se importa com o sofrimento humano. Um governo que não reconhece a injustiça social e que, em plena pandemia, estimula e se diverte com aglomerações, o não uso de máscara pela população e a prescrição de remédios ineficazes contra o Covid-19. 

Há um número considerável do povo brasileiro em estado de entorpecimento cognitivo, mergulhado cegamente em um fanatismo que o faz ser conduzido por suas próprias crenças, negando, desse modo, a razão, a ciência, o bom senso e os fatos como eles  são. 

Moldados pela desinformação das fakenews e por uma lavagem cerebral promovida, durante muito tempo, por uma imprensa canalha, ficam como zumbis vagando imersos na ignorância e com discursos de ódio por aí. São fascistas em formação, e nem sabem que são. 

Este é um governo de mentiras, que faz do cinismo e da hipocrisia a sua marca, e da crueldade a sua realização.

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