Li em um jornal (não lembro qual), Chico Buarque teria cancelado a música “Com açúcar, com afeto”. Isso não aconteceu. Ele esclareceu que não canta essa música há 30 anos, mas nunca pediu para ninguém deixar de cantá-la. Ou seja, num cardápio das melhores letras do mundo, que são dele, ele canta o que quer. Maravilha da vida. Sem dar palpite a quem quer que seja. Sem orientar e sem cancelar. É o Chico. Ele, nunca cancelou a música “Com açúcar, com afeto” e nem nenhuma outra. Afinal, o espírito dele é libertário e nunca cancelador.
E eu, percebo novamente a música é linda, amorosa.
Me alegra poder dar um beijo real, e não em um retrato, nesses tempos estranhos em que estávamos quase saindo da pandemia e, de repente, voltamos de novo. Mas, principalmente, poder abrir os braços e voltar a abraçar carinhosamente nossos amores.
De preferência, fazendo como o Chico e não cancelando ninguém, salvo, é claro, os fascistas que não merecem nem o nosso afeto e nem o nosso doce predileto. E, como ele nos ensina em outra música “pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz.”
Vamos trazer nosso país e nossos sonhos de volta.
Lembrando de outra música, “a felicidade morava tão vizinha, que, de tolo, até pensei que fosse minha”.
Vamos ser felizes de novo!
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