domingo, 10 de janeiro de 2021

Pra sempre? Não, de janeiro a janeiro!



 Valorizo palavras, e também gosto dos olhares. Tenho costumes um pouco vagarosos para tempos tão apressados.  

Guardo momentos de conversas, guardo gestos de autorização, guardo carícias amadurecendo no amor, pra valer a espera!

Não há demora quando o amor está presente. Não demoro a dizer sentimentos.

Minha mãe não disfarçava a emoção. E, também, o meu pai. 

Vou com a delicadeza necessária para tornar mágico os encontros, cada pequeno toque entre os nossos corpos. Sentir o seu cheiro é perfumar de amor dos dias.

O dia teve chuva e teve sol. Reparei pouco nas temperaturas. 

Tenho amigos que se orgulham das conquistas inrrepetidas. Das mulheres que se têm e se descartam. Ouço as histórias e digo nada. Cada um mora na casa que decidiu. A minha é de concreto firme, de base inquebrantável. Que venham os ventos e as outras naturezas. Estaremos juntos. Que venha algum estranhamento, longe de mim plantar perfeições. Em mim, mora o que em você mora, uma decisão de enlace, uma despreocupação com outras paisagens,um sorriso de quem acompanha os dias acompanhado.

Gosto de arrancar o mato para deixar a terra limpa para fazer brotar o que enfeita e o que alimenta. Quero ter a mesma disposição na vida, gosto do dormir sentindo o céu em nós, e te ver dormindo.

Em nós, o amor foi feito com a arte de uma matéria-prima que nunca se acaba. 

Pra sempre? Não, de janeiro a janeiro!

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