quarta-feira, 6 de abril de 2022

- Fenda, Ferida Funda -

 


- Fenda, Ferida Funda -


Armada, armazena tocaias e arapucas.

Foge. Esnobe, manda e desmanda. 

E sangra, e escorre, e grita - estapeia(-se?). Minimiza – máxima - e, tácita, entreolha ácida o que nunca foi. 

Assim, alheia, desmancha, deteriora - em-pó-(p)rece. E chora – implora - se faz falta, evapora. Ela ama! Ah! É toda cama - ama como nunca na vida amou!

Mas já é ontem quando o sol desiste. E ela sabe. E invalida, inválida. E insiste, arrasta o nunca, empurra, afasta. E se arranha inteira - metade arrancada. Não cabe!

Ainda assim, buraco dentro – fenda, ferida funda - nunca cabe o que se ausenta. É um tanto de peito inteiro - é vácuo. É receio, névoa, neve derretida. 

Ela é partida. Sem linha de chegada, desejo: o suspenso etéreo desejo de um primeiro - e último!

           

            beijo.

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