Eles mandam cimentar o quintal e ladrilhar o jardim.
Querem todo mundo igual, cantando o hino.
Gostam de frases de efeito e piadas de bicha.
Chutam cachorro, chicoteiam cavalo e matam passarinho.
Desprezam a ciência, porque ninguém pode ser mais sabido que eles.
São rudes na língua e flatulentos por todos os seus orifícios.
Recorrem à religião para serem hipócritas e à brutalidade para serem respeitados.
Eles detestam a arte, pois não querem ter que entender nada.
Odeiam o diferente, pois não tem um pingo de originalidade em suas veias.
Seguram de si, acham que a psicologia não tem necessidade e que desculpas não se pede.
Falam o que pensam, principalmente quando não pensam.
Furam filas, cantam pneus e passam sermões.
Eles não têm vergonha na cara.
Querem ser autoridade, para poderem dar carteiradas.
Querem vencer, para ver o outro perder.
Querem ser convidado, para cuspir no prato.
Querem bajular o poderoso e debochar do necessitado.
Querem andar armado.
Querem tirar vantagem em tudo.
Unidos, eles fazem passeatas de apoio e protestos a favor.
Atacam como hienas e se escondem como ratos.
Existe algo mais brega do que um rico roubando ou pastores de igreja metidos em falcatruas?
Algo mais chique do que um pobre honesto?
É sobre isso quero falar, apesar de tudo que está acontecendo. Porque só o bom gosto pode salvar este país.
Rudah, nós não somos eles!
(Qualquer semelhança com figuras bizarras, bolsonarentas não é mera coincidência.)
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