sábado, 3 de dezembro de 2022

FINDO

 


Boca azul de céu nos olhos

Vento verde de mar nos ouvidos

Gosto anis de flor na lapela da boca

Vinagre de sal no coração do amor



Labirinto rubro no corredor da vida

Terra seca no fundo do oceano

Natureza calada colada no quadro

Na nuca, minha, o zumbido da abelha



O apito doente da pia

O pingo terreno do chão do chuveiro

Careta da bagunça da casa do quarto

Onde você se deita.



Cante aí, versos na prosa


Bilhete dessa música descomposta.  

Para desanuviar a mente,

Deixo o tempo presente,

Para pensar num outro tempo.


Para anuviar a ideia,

Deixo parar o mundo

E vou num voo mais profundo

No universo restante.

E Findo...

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