Boca azul de céu nos olhos
Vento verde de mar nos ouvidos
Gosto anis de flor na lapela da boca
Vinagre de sal no coração do amor
Labirinto rubro no corredor da vida
Terra seca no fundo do oceano
Natureza calada colada no quadro
Na nuca, minha, o zumbido da abelha
O apito doente da pia
O pingo terreno do chão do chuveiro
Careta da bagunça da casa do quarto
Onde você se deita.
Cante aí, versos na prosa
Bilhete dessa música descomposta.
Para desanuviar a mente,
Deixo o tempo presente,
Para pensar num outro tempo.
Para anuviar a ideia,
Deixo parar o mundo
E vou num voo mais profundo
No universo restante.
E Findo...
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