quinta-feira, 13 de maio de 2021

A Pele Alva e a Pele Alvo !

 


A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação e do descaso, do prato vazio, do “não” recebido a uma resposta de emprego, da falta de Educação, da violência e do ódio, das mães que se ajoelham e choram o assassinato do filho. 

O sangue nas ruas e vielas de comunidades carentes, no asfalto, no ônibus, no supermercado. Para estar na mira basta ser pobre e negro,(pele alvo).

Em nosso país, 71% dos mortos por assassinato são pessoas negras e 76% dos mortos em ações policiais são negros.       

Algo está muito errado. É só lembrar o recente massacre no Jacarezinho, no Rio, e os assassinatos do Beto, no Carrefour, em Porto Alegre, e do Bruno e do Yan no Atakarejo, em Salvador.       

Um homem negro tem oito vezes mais chances de ser vítima de homicídio do que um homem branco. A cada 23 minutos, um jovem negro é morto. As mulheres negras sofrem ainda mais. Elas têm 64% mais risco de serem assassinadas do que as brancas. Duas em três vítimas de feminicídio são negras. O analfabetismo para a população negra é de 11,8% - maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, 62,9% são negros, de acordo com o IBGE. 

Levantamento da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade aponta que 67% dos brasileiros que dependem do SUS são negros. Eles também são a maioria dos pacientes. São pessoas com diabetes, tuberculose, hipertensão e doenças renais crônicas.

A pandemia está mostrando que o povo negro é refém das desigualdades sociais, das injustiças e da violência. 

O racismo é estrutural no Brasil.

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