Novos ventos pra onde sopram se eu sou um passarinho?
Não caibo em gaiola já fugi do ninho
Carregando a poesia para longe
De calçada em calçada tropeçando, caindo você ficou quebrada
E quando fez morada teve suas asas cortadas como malévola
A agora em qual mentira vou acreditar
Acendo uma vela pela cura, dessa loucura
que eu não desejo a ninguém
cê jura? Vai soltar minha mão?
Cê disse que daria cobertura
Olha como os vermes vem
Com sede de sangue na viatura
Um menor cheio de peça na cintura
Mais importante que a velocidade é a direção
Me diz pra onde vamos então
Divide esse cigarro comigo
da janela do quarto, pedaço do mundo inteiro
Te pedi um isqueiro e meu fumo amanheceu no seu cinzeiro
Como animais noturnos
Hora regidos pela Vênus, pela lua ou por saturno
Dias que eu não durmo, escrevo, leio, ouço, fumo
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