sexta-feira, 21 de maio de 2021

TEM DIAS QUE NÃO DURMO.

 


Novos ventos pra onde sopram se eu sou um passarinho?

Não caibo em gaiola já fugi do ninho

Carregando a poesia para longe 

De calçada em calçada tropeçando, caindo você ficou quebrada

E quando fez morada teve suas asas cortadas como malévola

A agora em qual mentira vou acreditar

Acendo uma vela pela cura, dessa loucura

que eu não desejo a ninguém

cê jura? Vai soltar minha mão?

Cê disse que daria cobertura

Olha como os vermes vem

Com sede de sangue na viatura

Um menor cheio de peça na cintura

Mais importante que a velocidade é a direção

Me diz pra onde vamos então


Divide esse cigarro comigo

da janela do quarto, pedaço do mundo inteiro

Te pedi um isqueiro e meu fumo amanheceu no seu cinzeiro

Como animais noturnos

Hora regidos pela Vênus, pela lua ou por saturno

Dias que eu não durmo, escrevo, leio, ouço, fumo

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