quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Brasil que teremos de volta.

 


Reconheço que, há muito tempo, que estas eleições definiriam se o Brasil optaria entre civilização ou barbárie. Infelizmente, a realidade superou muito os pessimistas e o país caminha para uma hipótese de ruptura institucional, um buraco sem fim no qual a barbárie, talvez, seja uma leve definição do caos. Em 2018, com o resultado daquelas eleições, a imagem do Brasil no mundo sofreu danos irreparáveis. Nós agora ocupamos um espaço destinado à mediocridade e à obtusidade.

As próximas eleições definirão é se teremos a oportunidade de salvar o Brasil do buraco sem fim que o Bolsonaro cavou para o povo brasileiro. Se vamos conseguir resgatar a cultura, salvar a saúde, recuperar a economia, dar vida à ciência e, principalmente, garantir a dignidade de nenhum brasileiro passar fome. Tínhamos saído do mapa da fome da ONU em 2013, agora voltamos vigorosamente - são 33 milhões de pessoas em estado crítico.

Se esse grupo fascista tiver mais 4 anos de desgoverno, o Brasil será rebaixado a um país que envergonha o mundo e as pessoas civilizadas. É óbvio que não existem 50% deles no Brasil. Não é disso que se trata. Os fascistas são os idealizadores e os estrategistas do caos: egoístas, desumanos e sem nenhuma empatia ou preocupação com o outro; racistas enrustidos, dinheiristas e extremamente maus, sem a capacidade de sentirem a dor dos seus semelhantes. A grande massa, infelizmente, apenas os segue, como se fosse um rebanho, seguindo o som de um berrante imaginário.

O individualismo é uma praga nessa sociedade de hipócritas, na qual o negro, o pobre e o invisível estão tão à margem que o que os fascistas fazem é apenas cavar o fosso ainda mais fundo. E erguer muros impenetráveis para que essa elite podre e inculta não possa ver o que está por trás deles e nem sentir o cheiro do povo. É uma divisão simbólica que destrói as bases civilizatórias da sociedade brasileira.

Precisamos tomar o Brasil de volta pelo voto e derrubar o muro que eles ergueram em cima nós. Vomitar, de forma azeda, nessa gentalha que tem horror a qualquer tipo de inclusão social. E fazê-los conviver com o povo que voltará a ter lugar à mesa, com acesso às nossas universidades, à cultura, à saúde e à vida. Não temos que nos contentar com as migalhas. Vamos ocupar a casa grande, abrir as porteiras e derrubar as cercas. Com Lula na presidência, o rio voltará ao seu leito normal e as águas, mesmo tormentosas, continuarão a correr para o mar. Um oceano onde todos são iguais e com possibilidades de, com igualdade de oportunidades, voltarmos a paz social.

Em novembro, o Brasil, eu espero, vai acordar nordestino, com todas as cores, sons, cheiros e sotaques que isso significa. E, depois de acordar nordestino, vamos nos abraçar tornando a ser um povo só, sem a divisão implementada por esses crápulas.

Assim, poderei voltar a escrever textos poéticos e leves em sintonia e em homenagem ao Brasil que teremos de volta.

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